CPI do Cachoeira já tem assinaturas suficientes no Senado para ser instalada
O requerimento de criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista para investigar os negócios do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com autoridades e empresas públicas e privadas já tem mais do que o mínimo de assinaturas no Senado necessárias para instalação.
Até agora, 41 senadores assinaram o pedido, sendo necessário pelo menos 27. Agora, é preciso que os partidos na Câmara dos Deputados obtenham o apoio mínimo de 171 deputados para dar andamento ao processo de instalação da comissão no Congresso Nacional.
Na tarde desta terça-feira (17), os partidos da oposição na Câmara --PSDB, DEM e PPS-- fizeram um ato para mostrar união das legendas e anunciar que juntos somam, até o momento, 96 assinaturas na Câmara. Já o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), afirmou que o partido já colheu 60 assinaturas, o que totaliza 156.
Segundo a vice-presidente do Senado, Marta Suplicy (PT-SP), seu partido apoia integralmente a CPI. O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) assinou o requerimento e disse que o líder do partido, Renan Calheiros (AL), não deu qualquer orientação à bancada sobre o assunto. Segundo ele, o próprio Renan assinou o pedido.
A assessoria da liderança do PT informou que, até as 14h30, das 28 assinaturas, 25 eram do bloco de apoio ao governo e outras três de fora desse bloco.
A proposta de criação da CPI é decorrência das investigações das operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, por exploração de jogos ilegais em Goiás.
Apesar de o pedido de criação da CPI ter alcançado o número mínimo de assinaturas, o líder do bloco de apoio ao governo, Walter Pinheiro (PT-BA), aguardará que os líderes de outros partidos lhe encaminhem as assinaturas das respectivas bancadas para enviar o número total à vice-presidente do Senado.
A pressão está grande por parte da oposição para que até o fim do dia os parlamentares entreguem o pedido de CPI à Mesa Diretora do Congresso, que terá de conferir as assinaturas. Caso o documento seja entregue hoje, os parlamentares que assinaram têm até a meia-noite para mudar de ideia e retirar seus nomes.
“Queremos investigar pra valer e espero que esta CPI não seja abafada durante os trabalhos. Há alguns recuos [de governistas], há apreensão, há um arrependimento da parte de alguns governistas, mas ela é irreversível e terá que ser instalada”, afirmou o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR).
Conferidas as assinaturas e lida em sessão plenária do Congresso, a CPI é considerada criada. A partir daí, corre o prazo de cinco dias para que os partidos indiquem quem eles querem que ocupem as 15 vagas para senadores, 15 para deputados e um número igual dos dois lados de suplentes --respeitando a proporcionalidade das legendas nas duas Casas.
Do total de 30 titulares, oposição tem direito a sete vagas. Os líderes dos partidos já se mobilizam para indicar seus representantes antes do prazo.
(*Com colaboração de Camila Campanerut e com Agência Brasil)
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