Com prisão decretada, vereador reeleito de Apucarana (PR) foge para voltar à Câmara em 2013
O ex-presidente da Câmara Municipal de Apucarana (369 km de Curitiba) Alcides Ramos Júnior, 28 (DEM), que teve a prisão decretada e é considerado foragido desde a última sexta-feira (30), pode voltar a ser vereador em 2013.
Mesmo com as denúncias do Ministério Público do Paraná (MP-PR) por irregularidades administrativas, Ramos Júnior foi o vereador mais votado nas eleições de outubro, com 2.613 votos, e pode assumir o cargo caso não seja julgado antes da data de diplomação, em 1º de janeiro próximo.
Para evitar que isso aconteça, o MP quer que a Câmara Municipal instale uma investigação interna para apurar as denúncias. Caso as irregularidades sejam comprovadas pelos vereadores, o ex-presidente fugitivo pode ter o novo mandato cassado.
Ainda nesta segunda-feira (3), os vereadores do município devem decidir se vão ou não abrir essa comissão. Ramos Júnior é acusado de comandar um esquema de notas frias e chegou a desviar cerca de R$ 38 mil dos cofres públicos. De acordo com o promotor Eduardo Augusto Cabrini, os desvios foram feitos nos anos de 2011 e 2012.
Outras 14 pessoas foram indiciadas por envolvimento com as irregularidades, incluindo dois funcionários ligados à presidência da casa, que foram presos por improbidade administrativa.
Além de Ramos Júnior, Henslei Burihan e Thiago Camotti, servidores da Câmara, também são considerados foragidos da Justiça. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, faz buscas pelos três em todo o Estado.
Quem assumiu o lugar de Ramos Júnior na presidência da Câmara de Apucarana é Valdir Frias (PTB).
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