Conheça a opinião dos quatro candidatos à presidência da Câmara sobre deputados do mensalão e outros temas
A menos de duas semanas da eleição para o novo presidente da Câmara dos Deputados, as campanhas dos quatro parlamentares que concorrem ao posto estão a todo vapor. A votação está marcada para o próximo dia 4 de fevereiro.
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São candidatos Henrique Eduardo Alves (PMBD-RN), Júlio Delgado (PSB-MG), Ronaldo Fonseca (PR-DF) e Rose de Freitas (PMDB-ES).
Alves é o favorito e conta com o apoio de ao menos 12 partidos. Já Fonseca e Rose são candidatos independentes e não têm o apoio nem da própria sigla.
Delgado diz ter apoio do PSB, mas o presidente do partido, o governador Eduardo Campos (PE), não formalizou seu suporte ao deputado.
Em meio a denúncias envolvendo o nome de Alves, o pleito pode não ser tão fácil para o peemedebista. O candidato independente Ronaldo Fonseca fala até em segundo turno na eleição para o dirigente máximo da Câmara.
Veja abaixo o que pensam os quatro principais candidatos sobre assuntos de interesse nacional, como a perda de mandato dos deputados condenados no julgamento do mensalão no STF.
O que pensa sobre a imagem da Câmara
Henrique Eduardo Alves | Em carta, defendeu que o ciclo "político-institucional" exige um "Parlamento forte e respeitado". Alves ainda propõe maior cuidado com a imagem dos parlamentares. Para isso, vai reforçar a TV Câmara, que tem força junto aos redutos eleitorais e ainda lançar um instituto de pesquisa para avaliar a atuação da Câmara. A proposta é criar convênios nos Estados para a TV Câmara, que passariam a acompanhar ações de deputados aos fins de semana e não só em Brasília |
Júlio Delgado | Em entrevista ao UOL, disse que “a Câmara tem sido uma Câmara para alguns, que não vota projeto de iniciativa parlamentar. Está destoada da sociedade brasileira. Ela precisa se reencontrar com a sociedade e ter a credibilidade de volta” |
Ronaldo Fonseca | Afirmou ao UOL que “a sociedade está vendo o Parlamento brasileiro hoje na contramão. Você vai ver as pesquisas, por exemplo, elas colocam a Câmara Federal, o Congresso Nacional, embaixo nas pesquisas. Hoje, nós temos um dos Parlamentos mais caros do mundo, talvez perdendo para os Estados Unidos. No entanto, a sociedade acha que deputado não trabalha. Temos que discutir isso com a sociedade. Que Parlamento nós queremos? Ninguém quer fechar o Congresso. Continuar do jeito que está não podemos” |
Rose de Freitas | “A Casa precisa ser enxergada como um Poder que tem que ser estruturado para servir à população. É preciso haver um programa em que o povo se sinta prestigiado, que contemple projetos de lei que visem os benefícios que a sociedade precisa. Não temos nenhuma resposta em que se possa dizer: ‘Olha, efetivamente o Legislativo aprovou essas leis e o povo se sente gratificado com elas. Sabemos que estamos frequentando o último índice de avaliação pela opinião pública em comparação aos outros Poderes”, disse ao UOL |
Cassação de mandato de deputados condenados no mensalão
Henrique Eduardo Alves | Alves disse, em entrevista à "Folha de S.Paulo", que se eleito, não pretende cumprir a decisão do Supremo Tribunal Federal pela cassação automática do mandato dos condenados no julgamento do mensalão. Segundo Henrique Alves, a "Constituição é clara" e, portanto, cada Poder deve ficar "no seu pedaço" |
Júlio Delgado | Disse ao UOL que defende a perda de mandato pelo plenário da Câmara. “O que cabe neste momento não é discutir a decisão do Supremo, mas interpretar a Constituição. A Constituição diz que não se discute decisão do Supremo. É preciso esperar a publicação do acórdão, que pode determinar a perda do mandato pela Mesa da Câmara ou pela votação secreta no plenário, até porque [os condenados] terão direito a, por conta do placar apertado, entrar com embargos infringentes [para contestar a decisão]. Na minha opinião, a perda tem que ser pelo plenário da Câmara, que é a instância máxima, mas sem nenhum trânsito por comissão” |
Ronaldo Fonseca | Em entrevista ao UOL, disse que irá “cumprir a Constituição”. “O Supremo vai oficiar a Mesa da Câmara, e eu como presidente, vou cumprir a Constituição e, se cumprir a Constituição, nos casos têm que ir para o plenário. Quem decide é o plenário” |
Rose de Freitas | Afirmou ao UOL que não irá contestar o Supremo. “Deixar de cumprir uma lei não pode. Se o Supremo determinou que a perda de mandato seja imediata, não cabe a ninguém contestar. A Casa faz apenas a comunicação ao deputado através da Mesa Diretora sobre a perda do mandato” |
Como está sendo a campanha
Henrique Eduardo Alves | A campanha de Alves incluiu, até agora, viagens a mais de 10 capitais, com direito a reuniões com os respectivos governadores e as bancadas estaduais. Também tem espalhado farto material de divulgação na Câmara |
Júlio Delgado | Tem mantido uma agenda cheia de reuniões e almoços com políticos para angariar votos. Só na semana passada, por exemplo, esteve em Manaus, Belém, Recife, João Pessoa e Maceió. Segundo ele, nem nas partidas de futebol que joga semanalmente com colegas o assunto sai da pauta. Para conquistar apoio, revela ter mandado e-mail aos demais parlamentares com a frase: “Ou nós mudamos ou nós seremos mudados”, atribuída a Ulysses Guimarães |
Ronaldo Fonseca | Fonseca diz estar fazendo uma campanha de baixo custo, incluindo apenas ligações, e-mails com pedidos de apoio aos demais colegas de Câmara e reuniões. Ele também usará as redes sociais para auxiliá-lo. Disse que não fará “acordos” e nem entrará no esquema de troca de favores para conquistar o voto dos demais 512 deputados |
Rose de Freitas | Sua casa em Brasília tem funcionado como um quartel-general da campanha. Rose diz que o ritmo de campanha tem sido intenso, com poucas horas de sono. Ela não tem viajado para fora da capital federal |
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