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Líder do PT diz que há só "denúncias", mas não condenação contra Renan; DEM teme conflito com STF

Camila Campanerut e Fernanda Calgaro

Do UOL, em Brasília

01/02/2013 16h14Atualizada em 01/02/2013 18h19

Após a eleição de Renan Calheiros (PMDB-AL) para a presidência do Senado por 56 votos a 18, os governistas trataram de defender o senador, que foi denunciado ao STF (Supremo Tribunal Federal) por três crimes. Já a oposição teme que o conflito entre Legislativo e Judiciário se acirre.

O novo líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), defendeu que contra o recém-empossado presidente do Senado há apenas “denúncias” e “nenhuma condenação”. O senador petista negou que houvesse qualquer “constrangimento” por parte da sua legenda de demonstrar apoio público a Renan.

“O Partido dos Trabalhadores defendeu e defende a ética e o Partido dos Trabalhadores não se dará o direito de fazer pré-julgamentos e de cobrar que, qualquer investigado ou denunciado seja investigado, que haja apuração e que se tenha o legítimo direito de defesa”, afirmou Dias.

“Eu acho que o resultado diz tudo: nós temos, mais uma vez, o cumprimento pelo Senado Federal de uma regra constitucional, regimental, que é regra da proporcionalidade. É um fato. O fato é que o PMDB, pela vontade legítima do povo, é o maior partido do Senado Federal. Cabia ao PMDB a indicação do presidente, assim como cabia ao PT a indicação da 1ª vice-presidência; assim, como cabe ao PSDB,  a indicação da 1ª secretaria”, continuou.

“Todos têm que respeitar a vontade desta maioria (...). Eu acho que, inclusive, parlamentares do bloco de partidos que declarou apoio ao senador Pedro Taques, respeitou a regra da proporcional e votou no senador Renan Calheiros”.

O senador José Agripino Maia (DEM-RN), que havia manifestado apoio ao senador Taques, demonstrou receio de que, com Renan na presidência, a tensão do Legislativo com o Judiciário se acirre.

“Com um presidente eleito com uma denúncia feita pela Procuradoria Geral da República ao STF, se o Supremo instala o processo, a tensão do Legislativo com o Judiciário, que está, evidentemente, com o julgamento do mensalão engrandecido, vai ser latente, um fato consequente”, afirmou o líder dos Democratas no Senado.