Ex-segurança diz que Suzana "sumia"; PC Farias mandou seguir a namorada

O ex-segurança de PC Farias Reinaldo Correia de Lima Filho afirmou, ao ser interrogado pelo juiz Maurício Brêda, nesta quinta-feira (9), em Maceió, que o ex-patrão estava desconfiado que sua namorada Suzana Marcolino "porque ela dava umas sumidas" durante as tardes e mandou que ele fosse a três lugares atrás dela.

Lima Filho é um dos três réus julgados por omissão na morte de PC e Suzana, em 1996. O júri popular começou na segunda-feira (6).

Segundo Lima Filho, os três lugares visitados foram a loja de Suzana, a academia que ela frequentava e a casa dela, localizada no bairro do Barro Duro, em Maceió.

"Vá a esses três lugares e me diga se Suzana está em algum deles. Assim eu fiz e não a encontrei em nenhum dos lugares", disse o ex-segurança.

“Depois ele [PC] veio me dizer que ela [Suzana] estava no contador e o celular não estava pegando, mas isso não me interessava porque era a vida particular deles”, afirmou Lima Filho.

O réu contou que teve alguns contatos com a suposta nova namorada de PC Farias, Cláudia Dantas, e relatou dois momentos deles. Um deles foi no dia 11 de junho de 1996, véspera do Dia dos Namorados. Segundo o ex-segurança de PC Farias, ela jantou na casa do empresário e “ficou até 4h30 da manhã, inclusive no terraço da parte alta.”

“Depois que Cláudia foi embora ele me chamou, me deu R$ 50 e um cartão para que eu comprasse um buquê de rosas e levasse logo cedo à casa dela, antes de ela viajar. Assim eu fiz”, disse o réu.

O ex-segurança disse também que viu Claudia em um segundo momento, quando ele autorizou a entrada dela na casa de PC.

Ao ser indagado se PC Farias havia falado que estava pretendendo acabar o relacionamento com Suzana Marcolino, Lima Filho disse que não sabia e “nunca vi briga entre eles”.