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Jornalista acusado de oferecer propina para livrar irmão de PC diz que vai processar delegado

Aliny Gama e Carlos Madeiro

Do UOL, em Maceió

10/05/2013 09h54

O jornalista Roberto Baía, acusado pelo delegado do caso PC Farias de oferecer propina para que o ex-deputado federal Augusto Farias não fosse indiciado por participação no duplo homicídio, negou a acusação e afirmou que vai processar Antônio Carlos Lessa, autor da denúncia, na quarta-feira (8), durante depoimento julgamento do caso.

Segundo Baía, a acusação do delegado foi "leviana e irresponsável". Ele citou ainda que já respondeu a processo pela acusação e foi absolvido pela Justiça. Covardemente, esse cidadão, a quem tive o desprazer de ser amigo, volta com as mesmas acusações irresponsáveis. Estou com a consciência tranquila", disse, em nota divulgada nessa quinta-feira (9).

O jornalista disse ainda que vai processar o delegado e, para isso, já contratou um advogado. "A minha família e os meus amigos sabem que sou inocente, e isso para mim é o que importa", disse.

Acusação

O delegado Antônio Carlos Lessa disse que o irmão de PC, Augusto Farias, enviou o jornalista como intermediário para oferecer uma propina de R$ 100 mil para que seu nome fosse tirado da acusação.

"Um dia, recebi a visita dele, no carro da Tribuna de Alagoas [jornal de propriedade da família Farias]. Ele me pediu uma conversa em particular e fez a proposta, como portador do grupo Farias, para receber um dinheiro porque o pessoal estava preocupado com o indiciamento", afirmou o delegado, garantindo que manteve três encontros com o jornalista, nos quais teria sido oferecido suborno.

Ao fim do inquérito, Augusto Farias foi indiciado pela polícia. O caso foi enviado à Procuradoria Geral da República (PGR) --já que o então deputado federal tinha foro privilegiado. A PGR, por sua vez, pediu o arquivamento da denúncia por falta de provas.