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Após voo da FAB para implante, Renan destaca redução de gastos com passagens

Em balanço do semestre, Renan disse que Senado fará economia superior a R$ 300 milhões - Marcos Oliveira/Agência Senado
Em balanço do semestre, Renan disse que Senado fará economia superior a R$ 300 milhões Imagem: Marcos Oliveira/Agência Senado

Do UOL, em Brasília

17/07/2014 14h26

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), destacou a redução dos gastos com passagens aéreas ao fazer balanço semestral da atividade legislativa da Casa nesta quinta-feira (17). Segundo o parlamentar, foram economizados de R$ 1,7 milhão com a modificação das regras de compra das passagens.

“Conseguimos uma economia de R$ 1,7 milhão com a redução de gastos com diárias e passagens, que devem continuar sendo reduzidas. Também modificamos os critérios para aquisição de passagens aéreas a fim de acabar com a inaceitável discrepância entre o preço pago pelo Senado e pelo próprio senador quando adquiria passagens para seus familiares. O Senado pagava a tarifa cheia e os familiares pagavam o preço de mercado e o Senado tinha um grande prejuízo com isso”, discursou Renan.

Renan foi flagrado utilizando um voo da FAB (Força Aérea Brasileira) para realizar um implante capilar. A viagem de Renan de Brasília para Recife no avião da FAB, em dezembro, causou polêmica e o parlamentar devolveu R$ 27,4 mil aos cofres públicos.  Em seu discurso de hoje, o presidente do Senado mencionou que devolveu o dinheiro gasto no voo.

Por lei, autoridades podem utilizar aeronaves da FAB por motivo de segurança ou emergência médica, além de compromissos de trabalho ou no deslocamento para seu local de residência fixa, que, no caso de Renan, fica em Alagoas.

O presidente do Senado também afirmou que a previsão é que entre 2013 e 2014 a Casa faça uma economia superior a R$ 300 milhões após a implantação de medidas redução de gastos. Segundo ele, o Senado alcançou 90% da meta de economia prevista para os dois anos com o Programa de Racionalização.

“O Senado está passando por modificações e se adequando pela austeridade que os tempos recomendam. Estamos reduzindo gastos sem comprometer a produção legislativa”, declarou.

De acordo com Renan, o corte de cargos comissionados gerou economia de 30% dos custos, o que corresponde a R$ 9,6 milhões. A ampliação da jornada de trabalho dos servidores do Senado gerou economia superior a R$ 55 milhões. A redução de gastos com terceirização causou a redução de 25% dos gastos. Na gráfica do Senado foram economizados R$ 6,8 milhões, entre outros contingenciamentos de gastos.

Em seu balanço, Renan também afirmou que a atividade legislativa no Senado foi expressiva entre 2013 e 2014. Destacou a discussão sobre os royalties do petróleo, a discussão do Marco Civil da Internet e a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) das Domésticas.

Mas o presidente do Senado também apresentou números antigos e propostas aprovadas no ano passado numa tentativa de comprovar a alta produtividade da Casa nos primeiros meses do ano.