Protestos pró-Dilma bloqueiam rodovias e provocam recorde de trânsito em SP
Integrantes de movimentos sociais, como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), de sindicatos, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), e de movimentos da sociedade civil bloquearam nesta sexta-feira (15) algumas das principais rodovias do país contra o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Além de bloqueios de vias, os manifestantes pró-Dilma também realizaram atos e caminhadas. Houve mobilização em pelo menos 17 Estados e no Distrito Federal.
Foram registrados bloqueios nas rodovias Presidente Dutra, que liga São Paulo e Rio de Janeiro, na altura de Piraí (RJ), no sentido São Paulo, por um grupo de sem-terra; na Washington Luís (SP-310), no interior paulista, na altura de São Carlos (SP), organizado por estudantes; e na Imigrantes, ligação de São Paulo com a Baixada Santista, na altura do km 16, por movimentos sociais. Esses protestos aconteceram no período da manhã.
Em Minas Gerais, houve interdições das rodovias BR-050, em Uberlândia; e na BR-116, em Governador Valadares. Em Belo Horizonte, protesto uniu cerca de 200 estudantes, professores e técnicos administrativos na sede da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), no gramado em frente à reitoria da universidade, no campus Pampulha. O ato foi convocado pelo Sindifes (Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino Superior).
No Rio Grande do Sul, protesto de sindicalistas e petistas em Porto Alegre chegou a fechar a ponte do Guaíba no sentido interior-capital e seguiu rumo à praça da Matriz, no centro histórico.
No Paraná, manifestantes contrários ao impeachment ocuparam de manhã a BR-277 em Curitiba, sentido Campo Largo. Houve caminhada de estudantes pela democracia em Foz do Iguaçu.
Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o índice recorde de congestionamento se deu às 9h, com 183 km de vias com lentidão, superando os 177 km de congestionamento em 11 de março, quando houve chuvas e alagamentos na capital paulista.
Na cidade do Rio de Janeiro, ao menos 100 pessoas protestaram na tarde desta sexta em frente ao prédio da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), no centro da capital fluminense. O ato foi puxado pela Frente Brasil Popular, contra o afastamento de Dilma.
Houve protestos ao longo do dia também no Pará, na Bahia, em Alagoas, na Paraíba, em Sergipe, no Ceará, Rio Grande do Norte, no Piauí, no Mato Grosso, no Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. Os protestos vão se estender até domingo, quando o pedido de impeachment será votado pelo plenário da Câmara dos Deputados.
Especificamente no caso do MST, os protestos em defesa da democracia se juntam à lembrança dos 20 anos do massacre de Eldorado dos Carajás (PA), que aconteceu no dia 17 de abril de 1996 com a morte de 19 sem-terra.
Falando para militantes em Brasília, onde os sem-terra montaram acampamento para acompanhar a votação na Câmara, o líder nacional do MST João Pedro Stédile disse que a suspensão do mandato de Dilma é um golpe contra a democracia e favorece a subtração de direitos trabalhistas: "Eles [oposicionistas] precisam cortar os direitos dos trabalhadores, e para isso o governo Dilma é um empecilho".
Apoio de fora
O governo Dilma também recebeu manifestações de estrangeiros e brasileiros que vivem no exterior. Houve manifestações contra o impeachment nesta sexta-feira em cidades, como Montreal (Canadá) e Buenos Aires (Argentina).
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