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Baldy: defesa de secretário de SP diz que STF suspendeu prisão temporária

A investigação não abarca a atuação do secretário Alexandre Baldy no governo de João Doria (PSDB) - Ananda Borges - 16.abr.2016/Câmara dos Deputados
A investigação não abarca a atuação do secretário Alexandre Baldy no governo de João Doria (PSDB) Imagem: Ananda Borges - 16.abr.2016/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

08/08/2020 00h10

A defesa de Alexandre Baldy (Progressistas) afirmou ao UOL que o STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu hoje a prisão temporária do secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, acusado de integrar esquema de fraudes na área da saúde. Ele deve deixar a prisão nas próximas horas.

A decisão do STF ocorre após uma reclamação da defesa contra a detenção de cinco dias, decretada pelo juiz federal Marcelos Bretas. Mais cedo, o TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) havia negado uma liminar de habeas corpus ao secretário.

A defesa de Baldy alega que os fatos relatados na acusação não justificam a prisão temporária e que a competência do caso não seria de Bretas, mas da Justiça Eleitoral, já que há relatos de caixa dois na campanha de Baldy à Câmara em 2014, ou do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), que atua em São Paulo.

Baldy é investigado pelo MPF (Ministério Público Federal) e pela PF (Polícia Federal) por suspeita de ligação com atos de corrupção em que usou sua influência nos governos federal e goiano ao longo dos últimos anos.

Ele foi deputado federal por Goiás, secretário no governo de Marconi Perillo (PSDB-GO) e ministro durante a gestão de Michel Temer (MDB). A investigação não abarca a atuação de Baldy no governo de João Doria (PSDB).

Defesa cita 'injustiça brutal'

A defesa de Baldy, formada pelos advogados Pierpaolo Bottini, Alexandre Jobim e Tiago Rocha, declarou em nota que a decisão do Supremo "sanou uma injustiça brutal".

"Sobre a decisão do STF, que suspendeu a prisão temporária de Alexandre Baldy, na noite desta sexta-feira, os advogados Pierpaolo Bottini, Alexandre Jobim e Tiago Rocha destacam que a decisão sanou uma injustiça brutal. Não há um indício de atos ilícitos praticados por Alexandre Baldy. Os valores apreendidos em sua residência estavam declarados no imposto de renda, como todos os seus bens. Fez-se um espetáculo sobre o nada. O Supremo colocou as coisas em seu devido lugar, cumprindo seu papel de guardião da Constituição e da dignidade humana", diz a nota.