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15 partidos que somam 330 deputados são contra voto impresso, diz jornal

Plenário da Câmara dos Deputados deve discutir PEC do voto impresso nesta semana - Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Plenário da Câmara dos Deputados deve discutir PEC do voto impresso nesta semana Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

09/08/2021 08h12

Um levantamento publicado na edição de hoje do jornal O Globo aponta que 15 dos 24 partidos da Câmara são contra a proposta de emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, que deve ser votada nesta semana.

De acordo com o jornal, as legendas que se declararam contrárias ao projeto defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) somam 330 deputados. Para aprovar a proposta, são necessários 308 votos a favor de um total de 513 deputados.

O levantamento foi feito com líderes e dirigentes das siglas. Declaram-se contrários ao voto impresso representantes dos seguintes partidos, segundo o jornal: PT, PL, PSD, MDB, PSDB, PSB, DEM, PDT, Solidariedade, PSOL, Avante, PCdoB, Cidadania, PV e Rede.

O levantamento do jornal O Globo ainda aponta que apenas o PSL, que tem 53 deputados, e o bloco formado por PROS, PSC e PTB, com 33 deputados, se declararam a favor do voto impresso.

Representantes de Republicanos (32 deputados), Podemos (10) e Novo (8) disseram que a sigla ainda não se decidiu, enquanto o Patriota (6) não respondeu. O PP (41) vai liberar a bancada.

A orientação de uma liderança não significa necessariamente que todos os deputados daquele partido votarão de acordo com a legenda, mas são uma indicação de como se comportarão as bancadas.

Na última quinta-feira (5) a PEC foi rejeitada pela comissão especial por um placar expressivo, 23 votos contrários a 11 favoráveis. No entanto, como o colegiado não tem caráter conclusivo, apenas opinativo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), optou por levar o tema ao plenário.

A PEC foi apresentada por Bolsonaro, que tem insistido em uma narrativa mentirosa de que as urnas eletrônicas só poderão ser auditáveis se houver um comprovante impresso do voto. Bolsonaro já foi desmentido inúmeras vezes pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que garante que as urnas, como funcionam hoje, são seguras e auditáveis.