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Caiado pede unificação contra covid-19: "Estão agindo como Pôncio Pilatos"

Governador Ronaldo Caiado (DEM-GO) fornece alcool gel para o presidente Jair Bolsonaro -  divulgação/Twitter Ronaldo Caiado [/fotografo}
Governador Ronaldo Caiado (DEM-GO) fornece alcool gel para o presidente Jair Bolsonaro Imagem: divulgação/Twitter Ronaldo Caiado [/fotografo}

Do UOL, em São Paulo

14/05/2020 15h03

O governador de Goiás Ronaldo Caiado (DEM) criticou hoje as críticas que vem recebendo de autoridades e de parte da população contrários ao endurecimento das medidas de isolamento social no estado para conter as transmissões do novo coronavírus.

Há dois dias, Caiado anunciou que editaria um decreto mais rígido, mas recuou medida, segundo ele, para debater a questão com profissionais e lideranças ligadas ao problema. Afirmou, em entrevista à CBN Goiânia, que "se não houver adesão da população, não há porque fazer um novo decreto".

Segundo ele, é preciso haver uma adesão da população nos moldes do que aconteceu no primeiro decreto editado por ele impondo restrições sociais, em 13 de março. "Esse teve apoio de 70% da população do estado de Goiás. Demoramos 39 dias para chegar aos 100 casos de coronavírus. Só ontem nós ultrapassamos 100 casos [por] dia. (...) Um novo decreto só terá efeito se tiver apoio ou não vira nada", afirmou.

Ele chamou de "postura de Pôncio Pilatos" os que "tem lavado as mãos, transferindo a responsabilidade de todo o cenário atual apenas para o Estado". Pilatos foi governador da província romana da Judeia entre os anos 26 e 36 d.C. Na tradição cristã, é conhecido por ter sido o juiz que condenou Jesus Cristo.

"Se tem desemprego, a falha é do governo, se não tem leito, a culpa é do governo. A responsabilidade do governo. Aí não dá. As pessoas têm que assumir a responsabilidade em cada setor ", disse ele, que cobrou uma unificação para que adoção de medidas.

Ele declarou que as pessoas não estão cumprindo o pedido de isolamento e que precisa de uma ação coordenada com as prefeituras, autoridades, entidades de classe e, também da população.

"O estado não tem poder de fiscalização (das medidas impostas). O que temos é um apoio que pode ser dado quando os prefeitos pedem para que seus fiscais cumpram as regras do decreto. Isso é uma função do município. Eu só posso ajudar se os prefeitos quiserem".