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Após cepa indiana no MA, Dino diz que barreira sanitária não faz sentido

Do UOL, em São Paulo

21/05/2021 13h04Atualizada em 21/05/2021 13h24

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse hoje que uma possível barreira sanitária em aeroportos de São Paulo para monitorar voos com origem no estado não faz sentido. Amanhã, a Prefeitura de São Paulo tem reunião virtual com o ministro da Saúde Marcelo Queiroga e membros da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para discutir o assunto.

"Isso só faria sentido se a variante tivesse transmissão comunitária local, o que não é o caso. É uma embarcação que está a 50 km no mar, não há nenhum caso maranhense. De um modo geral, o governo federal já deveria ter adotado barreiras sanitárias, infelizmente não adotou uma vez que o Presidente da República não acredita no coronavírus até hoje", disse Dino ao UOL News.

Ontem, a Secretaria de Saúde do Maranhão confirmou os primeiros casos oficiais da cepa indiana (B.1.617.2) do novo coronavírus no Brasil. Os contaminados foram seis tripulantes do navio Shandong da Zhi, que veio da África do Sul e foi fretado pela Vale para entregar minério de ferro em São Luís.

Cerca de cem pessoas tiveram contato com os tripulantes que testaram positivo e serão acompanhadas. Ao UOL News, Flávio Dino esclareceu que a maioria daqueles em contato com os infectados são profissionais de saúde do hospital, que estão vacinados.

O navio Shandong da Zhi está ancorado na costa de São Luís. "O navio está em alto mar e não vai atracar enquanto não houver segurança sanitária. Começamos a vacinar os trabalhadores portuários e nossa maior preocupação hoje é a equipe do hospital particular, onde um dos tripulantes está internado. Todos estão vacinados, mas estamos adotando a testagem e rastreamento para conter o risco, ainda que controlável e pequeno".