Mais de 2.000 manifestantes voltam à praça Taksim de Istambul
Mais de 2.000 pessoas voltaram a se reunir nesta terça-feira à noite na praça Taksim em Istambul para denunciar a decisão da justiça de deixar em liberdade um policial acusado de ter matado um manifestante, constatou um jornalista da AFP.
"Nós cobramos a conta dos assassinos", "por Ethem, pela justiça", "contra o fascismo, olho por olho", gritaram por mais de uma hora os manifestantes, muitos deles sentados em frente ao cordão de isolamento de policiais que impediam o acesso ao centro da praça.
Um policial turco se apresentou na segunda-feira à justiça por ter atingido mortalmente um manifestante, Ethem Sarisulul, em 1º de junho em Ancara, mas ele continuará livre até a abertura de seu processo.
O jovem de 26 anos, que foi atingido na testa, morreu em 14 de junho. Um vídeo que circula nas redes sociais mostram ele caindo em frente a um policial, que foge logo em seguida.
Quatro pessoas morreram desde o início das manifestações, em 31 de maio, contra o governo islamo-conservador, no poder na Turquia desde 2002. Entre os mortos estão três manifestantes e um policial, além de 8.000 pessoas que ficaram feridas, dezenas em estado grave, segundo o último balanço fornecido pelo sindicato dos médicos turcos.
Sábado à noite, a polícia evacuou a praça Taksim, onde milhares de pessoas se reuniram para marcar o ataque brutal em 15 de junho pela polícia contra manifestantes no parque Gezi.
Desde a evacuação do parque e da praça, os manifestantes inventaram vários meios de protestar, com vários fóruns de discussão todas as noites em vários parques de Istambul.
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