Nova-iorquinos protestam contra morte de negros por policiais
-
Eduardo Muñoz/Efe
Manifestantes participam, nesta terça-feira (14), de um protesto contra o abuso e violência policial em Nova York (EUA)
Duzentos manifestantes marcharam em Nova York para denunciar as últimas mortes de negros desarmados, atingidos por tiros de policiais, em um dos 20 protestos organizados no país nesta terça-feira (14).
Os manifestantes --jovens negros, brancos e latinos-- exibiam cartazes em que se podia ler "parem os assassinatos policiais", "as vidas dos negros valem" e pedindo que se faça justiça aos afro-americanos feridos de morte por policiais brancos nos últimos meses.
O protesto se estendeu pela avenida Broadway, interrompendo o trânsito, e pelas faixas de rolamento da ponte do Brooklyn, normalmente reservada a veículos.
Alguns manifestantes foram detidos, mas não ficou claro quantos foram, declarou à AFP uma porta-voz dos organizadores, Debra Sweet.
A polícia não quis fazer comentários.
Os organizadores do protesto, reunidos na rede contra as prisões em massa ('Stop Mass Incarceration Network', em inglês), disseram que policiais americanos atiraram contra mais de 90 pessoas desarmadas desde janeiro.
Protestos similares estavam marcados em mais de 20 cidades do país, incluindo Los Angeles e Chicago, informaram porta-vozes da manifestação.
Um xerife assistente voluntário de Oklahoma (centro dos EUA) foi processado na segunda-feira (13) por homicídio culposo, depois de matar um homem negro desarmado ao confundir um taser com a pistola.
Na semana passada, outro policial foi acusado de assassinato após a divulgação de um vídeo em que aparece atirando várias vezes em um homem negro em North Charleston, Carolina do Sul, após tê-lo detido por um controle rodoviário de rotina.
Receba notícias do UOL. É grátis!
Veja também
- Histórias cruzadas: o encontro da bebê negra devolvida pela família branca e a criança que a substituiu
- Policial branco que matou motorista negro pega 20 anos de prisão nos EUA
- Artista defende estátua de princesa portuguesa vetada em NY como símbolo racista há duas décadas
- 34 anos após homem ser morto por ódio racial, 5 pessoas são presas nos EUA