Prefeito venezuelano Ledezma é transferido da prisão para clínica médica

Em Caracas

  • Eduardo Knapp/Folhapress

    Antonio Ledezma estava preso desde fevereiro por "conspiração contra o governo venezuelano"

    Antonio Ledezma estava preso desde fevereiro por "conspiração contra o governo venezuelano"

O prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, preso desde fevereiro acusado de conspiração contra o governo venezuelano, foi transferido neste sábado para um hospital onde será operado, segundo informou o serviço de imprensa de seu partido.

"O prefeito Ledezma foi transferido às 02h30 (04h00 de Brasília) na clínica de urologia San Román (no leste de Caracas)", assegurou um porta-voz.

Na sexta-feira, a Promotoria da Venezuela solicitou a permissão para que o prefeito fosse levado a uma clínica para intervenção cirúrgica.

Mitzy Capriles, mulher de Ledezma, revelou no Twitter que o político foi examinado nesta sexta-feira por seu médico e "dois médicos do Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência)", que concordaram com o "diagnóstico de hérnia com a necessidade de tratamento cirúrgico o mais rápido possível".

Ledezma, um dos principais opositores ao governo do presidente Nicolás Maduro, foi detido em seu gabinete no leste de Caracas, no dia 19 de fevereiro, por funcionários de Inteligência, sendo levado para a prisão militar de Ramo Verde, 30 km da capital, por "supostamente apoiar grupos que pretendiam desestabilizar o país através de ações violentas".

Na mesma prisão se encontra desde fevereiro de 2014 o líder opositor radical Leopoldo López, acusado de promover os protestos que deixaram 43 mortos entre fevereiro e maio do ano passado.

Na terça-feira da semana passada, o Congresso espanhol aprovou uma resolução pedindo a "libertação imediata" de López e Ledezma, assim como de outros políticos detidos no país.

No mesmo dia, o Senado chileno concordou em "solicitar a liberdade condicional para todos os presos políticos da Venezuela, todos que por serem representantes democráticos ou por pensar diferente estão privados de sua liberdade".

O ex-chefe de governo espanhol Felipe González anunciou que visitará a Venezuela "em meados de maio" para assistir como advogado às defesas de Ledezma e López.

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