Os Estados Unidos admitiram nesta quinta-feira (8) que o país enfrenta um aumento "espetacular" do número de aprendizes jihadistas, cada vez mais jovens e também mulheres, ao mesmo tempo em que anunciou que o FBI agiu contra "dezenas" deles.

O anúncio foi realizado pelos três principais chefes da luta antiterrorista em território americano diante de uma comissão parlamentar no Congresso em Washington.

Identificar as pessoas seduzidas pela tese do grupo EI (Estado Islâmico) divulgadas pela internet é um "desafio que se compara com a busca de agulha em um palheiro do tamanho do país", explicou o diretor do FBI, James Comey.

"Parece que são cada vez mais jovens, mais meninas, permeáveis às mensagens das redes sociais", acrescentou.

"Este verão seguimos a pista de dezenas e dezenas de pessoas em todos os Estados Unidos, 24 horas por dia, sete dias por semana", disse o diretor do FBI. "E atrapalhamos os planos de muitas delas".

"O tamanho desta população aumentou de forma espetacular nos últimos 18 meses", disse Nicholas Rasmussen, o diretor do Centro Nacional de contraterrorismo americano.

"De menos de dois ou três" em 2009, os casos que envolvem aprendizes de jihadistas aumentaram para uma dezena no ano passado e este número já dobrou em 2015, acrescentou.