Governo de Bashar al-Assad aceita acordo sobre cessar-fogo
O governo sírio aceitou a proposta de Moscou e Washington de um cessar-fogo a partir do próximo sábado, dia 27, anunciaram autoridades de Damasco em comunicado.
O acordo não diz respeito ao Estado Islâmico (EI), à Frente al Nusra, filial da Al Qaeda no país árabe, assim como outras organizações consideradas terroristas, no entanto. O governo do ditador Bashar al-Assad considera como terrorista todos os grupo armados da oposição, que tentam tirá-lo do poder.
A agência de notícias oficial "Sana" publicou, citando uma fonte do Ministério de Relações Exteriores sírio, que Damasco aceitou a trégua com a condição que pudesse continuar o enfrentamento com os grupos opositores.
Em entrevista ao jornal espanhol "El País", o mandatário da Síria, Bashal al-Assad, já havia se mostrado disposto a participar de uma trégua, desde que ela não fosse usada por adversários para reforçar suas posições.
O acordo chega em um momento em que o Exército sírio avança sobre a província de Aleppo, com apoio da Rússia, do Irã e do grupo xiita libanês Hezbollah. Além disso, no último final de semana, atentados reivindicados pelo EI em Homs e Damasco, reduto das forças governamentais, deixaram mais de 150 mortos e os jihadistas começaram a tentar avançar na região.
Acordo
Os Estados Unidos e a Rússia anunciaram nesta segunda-feira (22) um acordo para propor um cessar-fogo na Síria a partir da meia-noite do próximo sábado, dia 27 de fevereiro.
"Essa é uma oportunidade real para interromper o derramamento de sangue na Síria", declarou o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Já o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, convidou todas as partes a "aceitarem e respeitarem plenamente as condições" do acordo para paralisar as hostilidades.
Histórico - O cessar-fogo anterior, programado para a última sexta-feira, dia 19, fracassou quando as forças governamentais, apoiadas por bombardeios russos, deram continuidade à ofensiva em Aleppo, na fronteira com a Turquia.
O conflito na Síria teve início em março de 2011, por influência da Primavera Árabe, e já deixou ao menos 250 mil mortos, além de ter forçado o deslocamento de cerca de metade de sua população.
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