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Carla Bruni nega ter protegido Cesare Battisti na França

Carla Bruni Sarkozy, em imagem de arquivo - Carlo Allegri / Reuters
Carla Bruni Sarkozy, em imagem de arquivo Imagem: Carlo Allegri / Reuters

Em Roma

16/01/2019 10h57

Após rumores de que a cantora italiana Carla Bruni havia protegido Cesare Battisti na França durante o governo de Nicolas Sarkozy (2007-2012), a esposa do ex-presidente francês negou conhecer e ter defendido o italiano.

"Eu agradeço por me dar a oportunidade de pôr fim às mentiras sobre o relacionamento imaginário, ou melhor, contato que teria acontecido entre Cesare Battisti e eu", disse a franco-italiana em entrevista ao jornal italiano "La Stampa".

Nos últimos dias, Bruni havia sido criticada pela imprensa por ficar em silêncio após a prisão do italiano na Bolívia, no último sábado (12). Além disso, ela foi acusada de ter ligado para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2012, para pedir proteção a Battisti, enquanto Sarkozy o protegia em seu país.

"Meu marido não protegeu Battisti durante seus anos como presidente, não sei por qual motivo essa mentira foi inventada", reforçou Bruni.

O ex-guerrilheiro do grupo de extrema-esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) foi condenado na Itália à prisão perpétua por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, mas fugiu do país e passou anos vivendo na França, antes de partir para México e Brasil. Na entrevista, a cantora ressaltou que nunca conheceu Battisti e que "é uma calúnia grave argumentar que ela lutou para evitar sua extradição da França para a Itália".

"Eu gostaria que houvesse silêncio, silêncio e não mentiras, não fofocas, a fim de respeitar a dor que nunca cessou, e nestes dias eu vivo mais do que nunca os familiares das vítimas", finalizou.