Merkel fala em manter estabilidade e liderança alemã em último discurso


Berlim, 21 set (EFE).- A chanceler e candidata à reeleição, Angela Merkel, pediu voto neste sábado para conseguir um "mandato forte", o que lhe permitirá governar por mais quatro anos, mantendo a estabilidade e a liderança na Alemanha dentro do cenário mundial.

Em seu último comício de campanha antes das eleições que acontecerão amanhã, Merkel pouco falou em programa de governo, e preferiu destacar os avanços de sua gestão, garantindo seu compromisso com a Europa, embora tenha insistido que a solidariedade com as nações vizinhas será sempre "com condições".

Segundo a líder alemã, a crise ainda não está superada, e é necessário que os países do euro empreendam reformas que a Alemanha já realizou. A própria Merkel lembrou que durante anos o país foi "o doente da Europa", mas com mudanças, com o aumento da aposentadoria para 67 anos, obteve "êxito coletivo".

Em seu discurso, a chanceler alertou a importância da recuperação de todo continente para manter a crise longe do país: "A Alemanha só irá bem se a Europa foi bem". Merkel ainda lembrou que 60% das exportações alemãs são para países membros da União Europeia.

"A maior economia da Europa precisa de amigos", sentenciou a chanceler, que citou ainda a importância fundamental da estabilização do euro, também como garantia dos postos de trabalho na Alemanha.

Merkel ainda lembrou a paz estabelecida em todo o continente, e mesmo que seja criticada em países como Grécia e Portugal, comemorou a liberdade de expressão e de manifestação garantidas pela democracia.

Ainda sem garantia da reedição da aliança com os liberais, Merkel insistiu na necessidade de conseguir todo respaldo possível para conseguir "um mandato forte".

De toda forma, rejeitou a promessa feita pelo Partido Social-Democrata, de oposição, quanto a implantação de um salário mínimo interprofissional. Merkel preferiu defender a fixação desses salários mínimos através da negociação coletiva dos agentes sociais e descartou plenamente uma alta de impostos.

"Se aumentarmos os impostos e taxações, não teremos mais receitas, mas menos. Não haverá mais postos de trabalho, mas menos", garantiu a chanceler.

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