Obama promete reformas para maior "autocontrole" da agência que espionou
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, garantiu nesta quinta-feira (5) que vai propor, em breve, reformas para garantir maior "autocontrole" da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês), e reconheceu que suas atividades são mais "agressivas" no exterior do que dentro do país.
"Vou propor (mais) autocontrole para a NSA, e iniciarei reformas que poderão gerar mais confiança nas pessoas", afirmou Obama durante uma entrevista à rede de televisão "MSNBC".
ALVOS DE ESPIONAGEM
Telefonemas, e-mails e IPs de computadores de Dilma e assessores | |
Rede privada de computadores da Petrobras | |
Telefonemas e e-mails do Ministério de Minas e Energia do Brasil | |
Telefone celular da chanceler alemã, Angela Merkel | |
E-mail do ex-presidente do México Felipe Calderón |
"Não posso confirmar ou entrar nos detalhes de cada aspecto do que que faz a NSA", disse Obama, perguntado sobre um relatório divulgado na quarta-feira pelo jornal "Washington Post" que afirma que a agência coleta, a cada dia, quase 5 bilhões de registros sobre a localização de telefones celulares no mundo todo.
"De acordo com o que foi divulgado sobre isso, as revelações feitas por Snowden identificaram algumas áreas em que a preocupação é legítima", admitiu. "Mas, outras vezes, o assunto foi retratado de forma sensacionalista e pouco precisa".
Obama garantiu que a agência "faz um trabalho muito bom ao não entrar na vigilância doméstica, não ler os e-mails das pessoas, não escutar aos conteúdos de suas ligações telefônicas".
"Fora de nossas fronteiras, a NSA é mais agressiva. Não está restringida pelas leis", admitiu Obama.
O presidente americano nomeou em agosto um painel independente para revisar a forma com a qual o governo recolhe informações de inteligência. O comitê deve entregar a Obama seu relatório final antes de 15 de dezembro.
"O desafio é que existem pessoas que querem nos causar danos. E estas pessoas se comunicam através destes mesmos sistemas. E se vamos fazer um bom trabalho evitando um ataque terrorista neste país, evitando que uma arma de destruição em massa entre no metrô de Nova York, teremos que manter nossos olhos grudados nesses indivíduos", opinou o presidente.
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