Coalizão erra alvo e mata 70 soldados leais ao regime do Iêmen em bombardeio
Cinco ataques aéreos equivocados realizados pela coalizão árabe que apoia o presidente do Iêmen, Abdo Rabbo Mansour Hadi, mataram ao menos 70 soldados leais ao regime e deixaram outros 200 feridos no sudeste do país, informou nesta quarta-feira (8) à Agência Efe uma fonte militar.
Os bombardeios ocorreram na noite de ontem e, em vez de atingirem os houthis que lutam contra Hadi, acertaram o quartel da 23ª Brigada Motorizada da região de Al Abar, na província de Hadramut.
O chefe do Estado-Maior do Exército de Hadi, general Mohammed Ali al Meqdishi, disse em comunicado que "o bombardeio lançado na noite de ontem pela coalizão árabe foi errado e causou mortes", sem informar sobre o número de vítimas.
O quartel, principal centro de recrutamento e rearmamento das tropas leais ao presidente iemenita, fica perto da passagem fronteiriça de Al Abar com a Arábia Saudita, o único que segue funcionando e não está sob o controle dos rebeldes.
O objetivo dos ataques aéreos eram soldados houthis e milícias ligadas ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh, que tentam tomar a passagem na fronteira, segundo a fonte militar.
Há dois dias, mais de cem pessoas, a grande maioria civil, morreram e dezenas ficaram feridas em bombardeios lançados pela aliança liderada pela Arábia Saudita contra duas regiões controladas pelos houthis no norte e no sul do Iêmen.
Desde o agravamento da crise no país com os ataques da coalizão, iniciados no dia 26 de março, foram registrados mais de 3 mil mortes no Iêmen, das quais 1.528 eram civis.
Riad e uma série de países árabes intervieram no Iêmen em apoio de Hadi para evitar que os houthis conquistassem todo o país após derrubarem o presidente do poder no início de fevereiro.
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