Romney culpará Obama por vazamento de informações confidenciais
O pré-candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Mitt Romney, que busca reforçar suas credenciais na questão da segurança nacional, planeja culpar o presidente Barack Obama pelo vazamento de informações confidenciais do país.
Em um discurso para a convenção dos Veteranos de Guerras Exteriores nesta terça-feira (24), Romney culpará o governo de Obama por vazamentos aos meios de comunicação e assegurará os veteranos de que se uma administração Romney manteria controle firme sobre informações secretas.
"Que tipo de Casa Branca revela material confidencial para ganho político?", Romney deverá dizer, de acordo com comentários preparados divulgados por sua campanha. "Eu vou te dizer agora: a minha não."
Depois de uma trégua de fim de semana após o tiroteio em Aurora, Colorado, Romney e Obama voltaram a seu compromisso intenso de campanha.
Romney sai esta semana em uma viagem que o levará a Londres, Israel e Polônia, em uma tentativa de completar uma campanha que até agora se concentrou quase que exclusivamente na economia dos EUA.
Em preparação para a viagem, Romney vai culpar Obama pelos vazamentos, inclusive aqueles sobre o ataque que matou o líder da al Qaeda Osama bin Laden e armas cibernéticas que teriam sido usadas contra o Irã.
Trechos do discurso de Romney não fizeram nenhuma menção às principais questões de política externa, como o conflito na Síria ou as relações dos EUA com a Rússia e China.
Os democratas há muito acusam Romney de ter uma política externa "leve". Em resposta, ele parece estar tornando os vazamentos de informações de segurança um de seus principais caminhos para atacar Obama em assuntos externos.
"Essa conduta é desprezível", disse Romney em suas observações previamente preparadas. "Isso trai o nosso interesse nacional. Isso compromete os nossos homens e mulheres no campo. E exige uma investigação completa e rápida, com a explicação e consequências."
O procurador-geral Eric Holder nomeou no mês passado dois promotores federais para liderar uma investigação sobre suspeitas de vazamentos de informações confidenciais em meio a alegações de que a Casa Branca fez as divulgações para aumentar as chances eleitorais de Obama.
Em seu discurso, Romney também vai criticar o acordo que Obama e republicanos do Congresso firmaram no meio do ano passado, colocando em prática um corte automático no orçamento de 1 trilhão de dólares -- metade disso nos gastos de defesa. Romney afirma que essa é uma "redução orçamentária arbitrária, que prejudica os militares com 1 trilhão de dólares em cortes, severamente diminui a nossa estrutura de força e prejudica a nossa capacidade de encontrar e deter as ameaças".