Filipinas estimam custo de até US$ 5,8 bi para reconstrução após tufão
O custo da reconstrução de casas, escolas, estradas e pontes destruídas pela passagem do tufão Haiyan pelas Filipinas pode chegar a 250 bilhões de pesos (cerca de US$ 5,8 bilhões ou R$ 13 bilhões), o que deve levar o governo a buscar empréstimos junto a agências de desenvolvimento, disse uma autoridade do governo filipino nesta terça-feira (19).
Se o governo conseguir recursos para a reconstrução após o tufão, a economia pode até crescer mais rápido, disse Arsenio Balisacan, secretário de planejamento econômico, acrescentando que os firmes fundamentos econômicos das Filipinas permaneceram intactos.
"Não seria surpresa se chegasse a 250 bilhões", disse Balisacan à Reuters, comentando sobre o provável custo de reconstrução no país.
Na segunda-feira (18), as autoridades das Filipinas aumentaram o balanço provisório de mortos provocados pelo tufão Haiyan na região central do país, onde flui a ajuda humanitária e continuam as tarefas de reconstrução.
Em seu último relatório, o Conselho Nacional de Gestão de Redução de Risco de Desastres elevou, além disso, para 18.175 o número de feridos e para 1.598 o de desaparecidos.
O organismo governamental também informou que 10,3 milhões de pessoas foram afetadas pelo tufão, com 353.862 delas hospedadas em 1.550 centros de evacuação.
Pelo menos 288.922 casas ficaram destruídas e outras 282.884 sofreram danos em 574 municípios, assinalou o Conselho.
Despreparo
O presidente das Filipinas, Benigno Aquino, criticou as autoridades locais de algumas áreas do país por não estarem totalmente preparadas para a devastação causada pelo tufão Hayan.
Durante uma visita à cidade litorânea de Guiuan, no domingo (17), ele elogiou o governo local por ter realizado uma evacuação apropriada da população, mas acrescentou que a situação contrastava com a de outras cidades.
Guiuan, na província de Samar, foi a primeira cidade atingia pelo Hayan no dia 8 de novembro. Aquino afirmou que a evacuação ordenada pelo prefeito limitou o número de mortes para menos de cem.
Mas, o presidente sugeriu que outros lugares não estavam tão bem preparados.
"Como seu presidente, não posso ficar irado, mesmo se já estiver transtornado", disse o presidente a jornalistas. Aquino acrescentou que terá que "suportar" a raiva.
Aquino também visitou Tacloban, uma das cidades mais devastadas pelo tufão, na província de Leyte, e afirmou que o governo vai fornecer tudo o que a população precisar.
"Nosso maior problema é alimentar 1,4 milhão de pessoas todos os dias. Mas o governo tem os recursos e estamos nos movimentando mais depressa", afirmou.
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