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União Brasil vê Rosângela Moro como beneficiária de voto de protesto em SP
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Dirigentes do União Brasil projetam uma votação expressiva para a advogada Rosângela Moro na eleição para a Câmara dos Deputados após o marido dela, o ex-juiz Sergio Moro, ter sido impedido pela Justiça de concorrer por São Paulo.
Segundo dirigentes nacionais e estaduais do partido ouvidos pela coluna, a expectativa a partir de agora é que Rosângela Moro acabe se tornando uma opção de espécie de "voto de protesto" contra a "perseguição" ao ex-juiz. Diferentemente do marido, ela manteve o domicílio eleitoral em São Paulo.
A advogada não foi alvo da ação do PT que motivou a rejeição pela Justiça da transferência do domicílio eleitoral de Moro para São Paulo. Segundo advogados, o prazo para esse tipo de iniciativa já se esgotou, o que mantém Rosângela Moro na disputa por uma vaga na Câmara pelo estado.
A meta do União Brasil a partir de hoje é fazer com que a candidatura da advogada possa cumprir o papel de puxadora de votos em São Paulo. "A gente já tinha uma leitura de que, com uma candidatura de Moro ao Senado ou ao governo, a Rosângela teria potencial para ser muito bem votada para a Câmara. Agora, ela será uma puxadora grande para o nosso partido, herdando esse capital político dele", diz o deputado federal Júnior Bozzella (SP), um dos principais apoios do casal Moro no União Brasil e no estado de São Paulo.
Segundo ele, "Moro tem sofrido uma perseguição implacável nos últimos tempos por parte do sistema político, que não quer ver o ex-juiz com um mandato". Bozzella também é apontado como um dos nomes que pode contar com a simpatia do eleitorado de Sergio Moro em São Paulo.
Conforme a pesquisa Genial/Quaest de maio, o ex-juiz estava em segundo lugar em intenções de voto, com 16%, atrás apenas do apresentador José Luiz Datena (PSC), com 28%. Ainda assim, Moro enfrentava resistências internas de caciques do União Brasil em São Paulo, como o vereador Milton Leite.
Rosângela Moro se filiou junto com o marido ao União Brasil. A advogada era uma opção para concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa, mas tem sido uma das estrelas da propaganda partidária no estado e tentará a eleição para a Câmara.
O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) rejeitou, por quatro votos a dois, a transferência do domicílio eleitoral do ex-juiz para São Paulo. Ele não poderá ser candidato pelo estado nas eleições deste ano. Cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ex-juiz analisa concorrer pelo Paraná, onde ele e a mulher moravam e construíram carreira.
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