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Eleitor de Ciro e Tebet prefere apoio a Lula no segundo turno, diz Quaest
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Com a cada vez mais provável realização de um segundo turno na disputa presidencial, uma das grandes questões nas campanhas de Lula (PT) e de Jair Bolsonaro (PL) passou a ser: para qual dos polos deverão migrar os votos dos eleitores de Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e demais candidatos ao Planalto se eles não chegarem até a fase decisiva?
Recorte da pesquisa Genial/Quaest, realizada entre os dias 11 e 14 deste mês, ajuda a esclarecer essa dúvida. A consultoria perguntou aos entrevistados: Quem você acha que seu candidato deveria apoiar no segundo turno?
Entre os que se declararam eleitores de Ciro, 49% disseram que ele deve apoiar Lula, 27% optaram por Bolsonaro e 16% avaliam que o pedetista não deve escolher nenhum dos dois.
Os eleitores de Simone Tebet também indicaram apoio favorável a Lula: 37%. Outros 16% acham que a presidenciável deve estar ao lado de Bolsonaro em um eventual segundo turno e surpreendentes 39% dizem que ela precisa se manter neutra. Com base nesse último dado, é possível inferir que a candidata do MDB é quem mais atrai o chamado eleitor "nem-nem", aquele insatisfeito com o ex-presidente e com o atual, que rejeita ambos.
No debate eleitoral da TV Bandeirantes, UOL, Folha e TV Cultura, realizado no domingo (28), Lula fez vários acenos para Ciro Gomes e Simone Tebet. Mas as devolutivas de ambos não foram as melhores para o petista. O candidato do PDT foi duro no trato com o ex-presidente, e a senadora pontuou suas diferenças para com ele quando o tema foi corrupção.
No cenário mais amplo apontado pela Quaest, os eleitores que não querem Lula nem Bolsonaro no primeiro indicam ampla vantagem para o petista no segundo: 45% responderam que seu candidato deve apoiar Lula, 24% Bolsonaro, 22% nenhum dos dois e 9% não quiseram ou não souberam responder.
A pesquisa ouviu 2.000 eleitores e a margem de erro estimada é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança do levantamento é de 95%.
A Quaest é um instituto de pesquisas com sede em Belo Horizonte. Até 2020, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a empresa realizava pesquisas eleitorais só em Minas Gerais. Hoje, faz levantamentos sobre intenções de voto para presidente, governador e para o Senado em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. O instituto tem uma parceria com a Genial Investimentos, a qual financia levantamentos para as eleições de 2022. As pesquisas são realizadas com entrevistas presenciais.
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