'Voto' de presidente da Petrobras em dividendos causa estranheza no governo
O alinhamento do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, com os acionistas minoritários incomodou e causou estranheza entre representantes do governo no conselho da empresa.
No diagnóstico ouvido pela coluna, o eleitor decidiu trocar Jair Bolsonaro (PL) por Lula (PT) buscando mudanças e não seguir o mesmo modelo da gestão anterior.
Prates se absteve na votação que decidiu por não distribuir dividendos extraordinários para os acionistas, prática adotada no governo Bolsonaro, mesmo Lula orientando o voto contra.
Dos 11 votos, seis seguiram a posição do Planalto, mas o placar só chegou a esse número por causa da posição da conselheira Rosangela Buzanelli, representante dos empregados, que se uniu aos cinco representantes do governo. Se ela tivesse votado com os minoritários, o placar teria empatado dada a abstenção de Prates.
Diante disso, o presidente Lula convocou Prates para uma reunião hoje (11) em Brasília, para um freio de arrumação.
Na última sexta (8), as ações da Petrobras tiveram forte queda após a divulgação do balanço da empresa, com lucro menor e pagamento de menos dividendos a acionistas.
A relação entre Prates e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, se desgastou ainda mais após a votação. Segundo o jornal O Globo, Prates teria criticado a interferência do ministro e do chefe da Casa Civil, Rui Costa, no assunto dos dividendos, o que o teria levado a se abster.
Antes de dividirem a mesma área no governo, Prates e Silveira tinham uma boa relação no Senado quando exerciam mandatos. Hoje vivem em pé de guerra.
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