Gerente-geral do BB prega cassação de Toffoli e segue perfil Fora Lula
O gerente-geral do Banco do Brasil no DF mantém nas suas redes sociais um abaixo-assinado pela cassação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli. Fernando Rocha Paiva é responsável pelo relacionamento com o setor público, o que inclui todo o poder Judiciário.
Procurado desde sexta-feira, Paiva não retornou aos telefonemas e mensagens de WhatsApp da reportagem. "O BB não comenta", respondeu a assessoria do banco.
Como gerente-geral de setor público, Paiva possui procuração para assinar os contratos do BB com esfera judicial federal e com o governo do Distrito Federal. O Código de Ética do BB, atualizado no ano passado, veda manifestações políticas usando a marca do banco. Na foto de perfil é possível ler o nome da instituição no cordão do crachá de Paiva.
"Quem pode exonerar um ministro do STF? Somente o presidente da República!!! Temer, a nação brasileira solicita a exoneração do ministro Dias Toffoli", diz o texto postado por Paiva em julho de 2016 no Facebook.
São sete os motivos listados no abaixo endossado pelo gerente do BB, dentre os quais, "agir por finalidade política/partidária, ter libertado da prisão indiciados por corrupção e constrangimento de toda a sociedade".
Na conta de Paiva no Facebook há apenas dois posts, além de quatro fotos suas elogiadas por familiares. O segundo post, também mantido até hoje, é um abaixo-assinado contra corte de orçamento da Polícia Federal. O gerente também segue um perfil denominado "ForaLula".
Na hierarquia do BB, o executivo é subordinado ao diretor de governo, Euler Mathias, por sua vez subordinado ao vice-presidente de governo e sustentabilidade empresarial, José Ricardo Sasseron, que responde à presidente do BB, Tarciana Medeiros.
Código de ética
O código de ética do BB diz que "a vinculação da marca" do banco "a manifestações político-partidárias é vedada".
No documento, há uma questão sobre se está correto um funcionário usar o logo do BB com sua foto no perfil da rede social e frequentemente se manifestar sobre questões político-partidarias. A resposta: "A utilização do logo exige previamente avaliação criteriosa da área gestora da marca".
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