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OPINIÃO

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Maioria dos brasileiros volta a ser otimista com futuro do país, diz Ipsos

Lula participa do ato dos trabalhadores no 1º de Maio no Anhangabaú: mudança de governo foi apontado pelo Ipsos como um dos motivos da volta do otimismo -
Lula participa do ato dos trabalhadores no 1º de Maio no Anhangabaú: mudança de governo foi apontado pelo Ipsos como um dos motivos da volta do otimismo

Colunista do UOL

04/05/2023 12h30

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A pesquisa "What Worries the World", divulgada pelo instituto Ipsos, perguntou aos entrevistados de 29 nações se acham que seus países estão indo na direção certa ou errada na economia.

Enfim, uma boa notícia: na contramão do baixo astral das manchetes, 56% dos brasileiros acreditam que o país está indo no rumo certo; para 44%, está no rumo errado.

São números proporcionalmente semelhantes ao resultado do segundo turno da eleição presidencial, que mostrou um país rachado ao meio.

É a primeira vez, desde 2010, que a maioria da população está mais otimista do que pessimista com o futuro, ao contrário dos demais países analisados na pesquisa. Na média global, 62% dos entrevistados estão pessimistas com o rumo de seus países.

Marcos Calliari, CEO do Ipsos no Brasil, aponta dois motivos para esse otimismo:

"Esse sentimento de fim da pandemia, ao lado do início de um novo governo, reforça a percepção de que o país está melhorando. As pessoas estão vendo este momento como o encerramento de um capítulo extremamente desafiador em nossa história. Ainda que a pandemia da covid-19 não tenha sido totalmente erradicada, seu impacto é infinitamente menor do que nos últimos três anos."

Eu acrescentaria um terceiro sentimento, o de alívio, com o fim do governo anterior, que quase acabou com o país.

A pesquisa do Ipsos foi realizada de forma online com 20.570 entrevistados, sendo mil deles brasileiros, com idades entre 16 e 74 anos, entre os dias 20 de janeiro e 3 de fevereiro de 2023. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.

Inflação é o tema que mais preocupa o mundo: 43% dos moradores de 29 países citaram a alta do custo de vida como o maior problema.

Em seguida, aparecem a pobreza e a desigualdade social citadaa por 31% dos entrevistados. Crime e violência, com 26%, vem em terceiro lugar.

No Brasil, a maior preocupação é com a pobreza e a desigualdade social (43%), vindo a seguir saúde (43%), crime e violência (32%) e corrupção (30%).

As nações mais pessimistas com o rumo de seus países são Peru (90%), África do Sul (88%) e Argentina (86%).

Os países mais otimistas são Singapura (79%), Indonésia (77%) e Malásia (72%).

É sempre bom saber que os brasileiros voltaram a acreditar numa vida melhor, depois dos trágicos últimos quatro anos. Isso pode ajudar o país a atrair novos investimentos, daqui e de fora, para voltar a crescer, gerando emprego e renda, que são os grandes desafios do novo governo.

Vida que segue.