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Exército apoiou antecipação da troca de comando para antes da posse de Lula
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A cúpula do Exército apoiou integralmente a decisão de antecipar a posse do novo comandante, general Julio Cesar Arruda, para a próxima sexta-feira (30).
A cerimônia, que está marcada para as 10h, no Clube do Exército, em Brasília, terá a presença do atual ministro da Defesa, general Paulo Sérgio, e do futuro titular da pasta, José Múcio Monteiro.
Segundo militares de alta patente ouvidos pela coluna, a presença de Paulo Sérgio na cerimônia tem o objetivo de demonstrar que, apesar das investidas do presidente Jair Bolsonaro de "apropriação" das Forças Armadas, os militares estão cumprindo o seu papel constitucional de instituição de estado.
A antecipação da data, conforme mostrou a coluna, foi acertada em reunião ontem de Paulo Sérgio e Múcio, na última segunda-feira.
Sinal de alerta
Foi consenso entre os militares que o atual comandante do Exército, general Marco Antonio Freire Gomes, deveria passar o bastão para o general Arruda antes da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo apurou a coluna, a avaliação feita por militares é de que, diante do aumento do receio de episódios de violência, é mais prudente que o Exército já esteja sob o comando do general escolhido por Lula.
Na caserna, há alertas com a segurança da posse do petista.
Futuro ministro em contato com a tropa
Múcio esteve nos últimos dias no Ministério da Defesa e também participou de uma reunião no Quartel General (QG), em Brasília.
O encontro contou com a presença dos generais Freire Gomes e Arruda, atual e futuro comandante do Exército.
Segundo fontes militares, o contato de Múcio com o atual comandante, que foi escolhido por Bolsonaro, ajuda a minimizar a versão de que Freire Gomes estaria resistindo a bater continência para Lula.
A ordem na caserna é que a transição mantenha o padrão das demais, como manda o protocolo militar. A expectativa é que a cerimônia seja restrita, com poucos convidados de fora das Forças Armadas.
Como é de praxe, o presidente da República é convidado. Bolsonaro ainda não confirmou se irá ou não participar.
Também ainda não há definição se o evento será aberto à imprensa.
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