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Barrado, candidato do PL se alia a petista em SE e enfurece bolsonaristas
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Nome mais votado ao governo de Sergipe no dia 2 de outubro, o bolsonarista Valmir de Francisquinho (PL) bagunçou o mundo político local ao anunciar hoje apoio ao candidato Rogério Carvalho (PT) no segundo turno. A aliança enfureceu bolsonaristas no estado, que reclamaram dele nas redes sociais.
Francisquinho teve a candidatura vetada em cima da hora por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), confirmando determinação anterior do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) por abuso de poder político.
O anúncio do apoio foi feito de forma coletiva com a presença dos dois políticos. Eles foram comedidos ao trocar elogios, mas fizeram questão de dizer que a aliança estava sendo feita para derrotar Fábio Mitidieri (PSD).
"É uma aliança da oposição em Sergipe ao governo estadual. Somos oposição a [governador] Belivaldo Chagas [PSD] e a Fábio Mitidieri", disse Rogério Carvalho.
Dois dias antes de anunciar o apoio ao petista, Valmir de Francisquinho anunciou voto em Jair Bolsonaro em postagens nas redes sociais e foi muito elogiado por eleitores do presidente.
A decisão de apoiar um petista, porém, foi motivo para uma mudança brusca de humor. Ele foi alvo de ataques de bolsonaristas em Sergipe, que se disseram frustrados pela aliança de Valmir de Francisquinho.
As reclamações foram feitas na postagem em que ele anunciou a entrevista coletiva para anunciar seu apoio. Até às 17h de hoje eram mais de 5.000 comentários, quase todos fazendo ataques a ele pela decisão.
"Se alguns dos bolsonaristas ficaram decepcionados, um dia eles vão entender lá na frente que eu lutei com todas as minhas forças; que não arredaria o pé até que houvesse alguma esperança de reverter essa situação. Mas na sexta-feira o STF [Supremo Tribunal Federal] vetou", afirmou o bolsonarista, ao comentar a decisão do ministro Luís Barroso, que negou aceitar o recurso do candidato.
Mesmo cassado, Valmir foi o nome mais votado de Sergipe —já que a decisão do TSE ocorreu fora do prazo para que a foto e o nome dele fossem retirados das urnas eletrônicas. Todos os seus 457 mil votos foram considerados nulos.
Já Rogério teve 338.796 votos (44,7%, do total válido); e Fábio teve 294.936, votos (38,91%)
Francisquinho foi cassado pela associação da cor azul —usada quando ele era prefeito de Itabaiana— à campanha vitoriosa para deputado estadual do seu filho, Talysson de Valmir (PL). A cor era a marca dele à frente da prefeitura.
Ex-prefeito da cidade por duas vezes, ele disse hije em sua fala que sempre fez oposição ao governo e que não poderia apoiar um candidato que representasse a continuidade local.
"Soldado que fica em cima do muro toma um tiro e morre. Eu não posso ser omisso nesse momento", disse.
Para apoiar Rogério, ele fez uma lista de pedidos, que foram colocados em um termo de compromisso assinado pelo candidato petista.
As reivindicações foram resolver as questões dos matadouros e dos mercados públicos, pagar o piso dos enfermeiros e o adicional de periculosidade da Polícia Militar e combater à fome.
Rogério disse que irá cumprir as promessas e anunciou que vai montar um programa para combate à fome e à miséria nos seus primeiros 60 dias de mandato.
"O que você está fazendo aqui vai ficar marcado na história. Todos sabem a importância que você terá e, nos resultados dessa eleição, saberemos reconhecer o seu papel", afirmou.
Nesta quinta-feira, Lula estará em Aracaju e participará de um ato previsto para a manhã em favor da candidatura de Rogério Carvalho.
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