Topo

Carolina Brígido

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Ministros do STF se espantaram com diferença entre pesquisas e votação

Fachada do TSE, em Brasília -  O Antagonista
Fachada do TSE, em Brasília Imagem: O Antagonista

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

No domingo, quando o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgou os votos da disputa presidencial, o Brasil inteiro se espantou com a diferença entre o resultado das urnas e a estimativa dos institutos de pesquisa. No próprio TSE não foi diferente. Ministros da corte e também do STF (Supremo Tribunal Federal) acompanharam juntos a apuração em uma sala reservada. "Houve perplexidade em relação às pesquisas incorretas", contou um ministro que estava presente.

Segundo analisou o mesmo ministro, "as pesquisas influem e dirigem o voto, que deve ser espontâneo e consciente". Questionado se seria o caso de ser tomada alguma providência jurídica em relação aos institutos, o ministro disse que não seria o caso.

Ainda durante a apuração, entre os integrantes dos tribunais, foi citado o exemplo de Wilson Witzel (PSC), que foi eleito governador do Rio de Janeiro em 2018. Na véspera do primeiro turno, as pesquisas mostravam o candidato em terceiro lugar. Na votação, teve 41,28% dos votos válidos contra 19,56% de Eduardo Paes (DEM). Acabou eleito no segundo turno com 59,87% dos votos.

Outro ponto que deixou os ministros espantados foi a nova composição do Congresso Nacional. Entre os novos senadores, estão cinco ex-ministros do governo Bolsonaro: Marcos Pontes (PL), Tereza Cristina (PP), Damares Alves (Republicanos), Rogério Marinho (PL) e Sergio Moro (União).

Mario Frias (PL), que foi secretário de Cultura na gestão Bolsonaro, garantiu uma vaga na Câmara dos Deputados.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do informado, Mario Frias (PL) foi secretário de Cultura, e não ministro. O texto foi corrigido.