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Carolina Brígido

REPORTAGEM

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RadioGate não tem força pra anular ou adiar 2º turno, avalia TSE

O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição - 21.out.2022 - Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão Conteúdo
O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição Imagem: 21.out.2022 - Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Colunista do UOL

26/10/2022 19h56

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O discurso de aliados de Jair Bolsonaro e do próprio presidente de que as supostas fraudes nas inserções de rádio do candidato à reeleição são motivo para derrubar as eleições de domingo não passa de cortina de fumaça. Na avaliação de integrantes do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ouvidos pela coluna em caráter reservado, o episódio não tem força suficiente para adiar ou anular o segundo turno.

A crise foi aberta depois que o TSE exonerou um funcionário da Secretaria Judiciária por assédio moral, segundo explicou a corte em nota no meio da tarde desta quarta-feira (26). Fontes do tribunal dizem que o servidor já seria exonerado, pela má qualidade do trabalho prestado. No entanto, o momento que isso foi feito, a quatro dias das eleições, serviu como munição de Bolsonaro e aliados para atacar ainda mais a credibilidade da Justiça Eleitoral.

Segundo bolsonaristas, o TSE falhou porque nem todas as inserções de rádio a que Bolsonaro tinha direito foram veiculadas. No entanto, fontes do tribunal afirmam que, ainda que isso seja verdade, não seria um motivo forte o suficiente para justificar a anulação das eleições, como defende aliados do presidente. E mais: por lei, o tribunal não é responsável por fiscalizar a veiculações das inserções. Essa é uma tarefa para as próprias campanhas.