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Bolsonaro quebra o gelo e vai ao STF depois de discurso sobre eleições
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Depois de fazer o pronunciamento no Palácio da Alvorada sobre o resultado das eleições, o presidente Jair Bolsonaro foi ao STF (Supremo Tribunal Federal) conversar com os ministros. Dos 11 magistrados, 9 estavam presentes. Apenas Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski se ausentaram, por estarem fora de Brasília.
Antes do pronunciamento, Bolsonaro telefonou pessoalmente para alguns ministros para convidar para uma reunião no Palácio da Alvorada, mas nenhum compareceu. Para boa parte dos ministros, o ideal seria não encontrar o presidente até que ele admitisse publicamente a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva.
Apesar de Bolsonaro ter criticado a Justiça Eleitoral e de não ter reconhecido verbalmente sua derrota nas urnas, o discurso do presidente foi bem avaliado no STF. Logo depois do pronunciamento de Bolsonaro, o tribunal divulgou nota em que "consigna a importância do pronunciamento do Presidente da República em garantir o direito de ir e vir em relação aos bloqueios e, ao determinar o início da transição, reconhecer o resultado final das eleições".
No pronunciamento, Bolsonaro afirmou que manifestações populares são sempre bem-vindas, desde que sejam pacíficas. O presidente deixou o local em pouco tempo e coube ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, anunciar que o governo fará a transição com a equipe de Luiz Inácio Lula da Silva. Para o STF, essa fala foi o suficiente para comprovar que Bolsonaro aceitou a derrota nas urnas.
"Nenhum ministro irá ao encontro do presidente antes de ele declarar publicamente que aceita o resultado das eleições", disse em caráter reservado um ministro do STF antes do pronunciamento de Bolsonaro. Depois do discurso, perguntado se iria à residência oficial, outro ministro respondeu: "Não me passa pela cabeça". Diante do impasse, coube a Bolsonaro quebrar o gelo e ir até o tribunal.
Nos quatro anos de mandato, Bolsonaro atacou a credibilidade da urna eletrônica e do sistema eleitoral brasileiro. Também não poupou críticas a ministros do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) - em especial, Alexandre de Moraes, relator de inquéritos que miram o presidente. A preocupação na corte cresceu depois que manifestantes tomaram conta de rodovias, em protesto contra o resultado das eleições.
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