Topo

Carolina Brígido

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Presidente da Capes pede R$ 200 milhões ao MEC para pagar bolsistas

A presidente da Capes, Claudia Toledo - Reprodução/Twitter
A presidente da Capes, Claudia Toledo Imagem: Reprodução/Twitter

Colunista do UOL

07/12/2022 12h52

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

A presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), Claudia Toledo, vai se encontrar nesta quarta-feira (7) com o ministro da Educação, Victor Godoy, para pedir a liberação de R$ 200 milhões para o pagamento de bolsas. Do total, R$ 150 milhões seriam destinados aos bolsistas em todo o país e R$ 50 milhões, para bolsistas da educação básica, em caráter emergencial. Como as bolsas internacionais são pagas a cada dois meses, os cortes na Educação não atingiram esse público.

Segundo fonte do MEC, o governo federal liberou R$ 300 milhões para a pasta. No entanto, ainda não foram repassados recursos para a Capes. O valor que Claudia Toledo vai solicitar ao ministro não inclui gastos com administração ou tecnologia. A prioridade, agora, é garantir que o pagamento aos bolsistas.

Na semana passada, o governo Jair Bolsonaro voltou atrás sobre um bloqueio no orçamento anunciado dias antes que atingiria universidades e institutos federais. Por outro lado, foram congelados todos os pagamentos do MEC em dezembro. A decisão atinge todas as unidades vinculadas à pasta.

Assessores de Bolsonaro afirmam que o corte foi realizado com o aval da equipe econômica, para o governo não exceder o limite de gastos do ano. De acordo com uma fonte ligada ao presidente, eventual estouro nas contas poderia servir de munição para a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva atacar o atual presidente.

Caso os recursos não sejam liberados para a Capes, existe a possibilidade de alguma entidade entrar com ação no STF (Supremo Tribunal Federal). Ministros ouvidos pela coluna em caráter reservado consideram que são grandes as chances de vitória dos bolsistas.