Carolina Brígido

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STF retoma uso de grades de proteção por tempo indeterminado após bomba

Durou apenas nove meses a temporada em que o STF (Supremo Tribunal Federal) ficou livre das grades de metal. Após as explosões de ontem a poucos metros do plenário, a segurança da corte voltou a instalar a proteção ao redor do prédio. As grades permanecerem mesmo após a retirada hoje às 9h da manhã do corpo de Francisco Wanderley Luiz, responsável pelo atentado de ontem, e não há previsão de quando serão novamente retiradas.

Em fevereiro, as grades foram retiradas em um ato simbólico pelo presidente do tribunal, ministro Luís Roberto Barroso, ladeado pelos outros integrantes da Corte.

A praça dos Três Poderes não tinha grades antes de 2013. A partir das manifestações que ensejaram o impeachment da então presidente Dilma Rousseff, o artifício passou a ser utilizado. Nos últimos anos, quando se intensificaram os ataques ao STF, as grades foram utilizadas de forma contínua.

Na quarta-feira (13), Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, tentou entrar no Supremo com explosivos. Ele morreu ao detonar os artefatos em frente à sede do tribunal. Também houve explosões em um carro de Francisco que estava em um dos estacionamentos da Câmara dos Deputados.

A Polícia Federal investiga a suspeita de terrorismo no episódio e, segundo o diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, o homem portava artefatos feitos de forma artesanal, mas com alto "poder de lesibilidade", e um extintor de incêndio que simulava um lança-chamas. As investigações vão apontar de que materiais foram feitas as bombas. A PF considera que o ataque foi premeditado.

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