Carolina Brígido

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Após bomba, ministros do STF querem enterrar anistia a golpistas do 8/1

A explosão da bomba em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal) reforçou entre ministros da Corte a ideia refratária a eventual concessão de anistia a golpistas do 8 de janeiro de 2023. Em caráter reservado, dois ministros do tribunal disseram à coluna que, embora não haja conexão tática, há "conexão axiológica" entre o episódio de quarta-feira (13) e a tentativa de golpe do ano passado.

A conexão foi confirmada oficialmente horas depois da explosão do artefato, quando foi encaminhado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes a relatoria das investigações que são conduzidas pela Polícia Federal e pela Polícia Militar do Distrito Federal. O caso está com Moraes por relação com outros inquéritos que ele já conduz, como o do 8 de janeiro e o das fake news, que apura ataques ao STF.

Para integrantes da Corte, os explosivos tiveram a mesma motivação dos ataques de 8 de janeiro: atacar o STF, seus integrantes e os valores democráticos. Na visão dos ministros, o episódio é uma demonstração de que pessoas imbuídas desse sentimento ainda oferecem perigo grave às instituições.

A discussão sobre a anistia aos golpistas está no Congresso Nacional e, se for aprovada, certamente será questionada perante o STF. O tribunal julgou e condenou boa parte dos réus e não tem a intenção de avalizar eventual perdão aos condenados, muito menos hoje.

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