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Carolina Brígido

REPORTAGEM

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Lewandowski não quer café frio e planeja se aposentar no início de 2023

O ministro Ricardo Lewandowski, do STF - Nelson Jr./SCO/STF
O ministro Ricardo Lewandowski, do STF Imagem: Nelson Jr./SCO/STF

Colunista do UOL

09/12/2022 04h00

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Com aposentadoria programada para maio, quando completará 75 anos, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), tem dito a pessoas próximas que não quer “esperar o café ser servido frio”. A intenção é antecipar a saída do Supremo já para o início de 2023. Dessa forma, será aberta logo no início do mandato a primeira vaga de Luiz Inácio Lula da Silva na Corte.

Segundo Lewandowski tem dito, no Tribunal de Justiça de São Paulo, onde ele atuava antes de ir para o Supremo, os desembargadores têm o hábito de permanecer no cargo até o último dia antes da aposentadoria. No serviço público, é comum ouvir que, para essas pessoas, o café começa a ser servido frio - ou seja, a autoridade começa a perder a relevância antes de deixar o posto.

Quando perguntado se pretende integrar o primeiro escalão de Lula, Lewandowski desconversa e diz que não tem esse plano. Na transição, o nome do ministro do STF chegou a ser aventado para o Ministério da Justiça. Depois, passou a ser cogitado para alguma embaixada no exterior. Nenhuma dessas opções foi confirmada até agora.

Ainda assim, Lewandowski é apontado por aliados de Lula como o maior dialogador da transição com o STF. A expectativa é que o ministro ajude o presidente eleito a escolher o novo ministro do Supremo.

Até agora, um dos nomes mais cotados é o do advogado criminalista Pierpaolo Bottini, professor da USP (Universidade de São Paulo), onde Lewandowski também dá aula. A segunda vaga no STF deverá ser aberta em outubro de 2023, com a aposentadoria de Rosa Weber. A intenção do presidente eleito é indicar uma mulher para ocupar a cadeira.