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Entre agradar a Alexandre de Moraes e minorias, Lula ficou com o ministro
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O presidente Lula (PT) dispensou a chance de nomear a primeira mulher negra para o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Incluída na lista quádrupla de candidatos à vaga, a advogada Edilene Lôbo tinha o apoio de setores do PT que defendem o aumento da presença de representantes de minorias em cortes superiores. A presidente do partido, Gleisi Hoffmann, era uma das entusiastas da nomeação da Edilene.
A lista quádrupla nasce no TSE e é votada no plenário do STF (Supremo Tribunal Federal). Ou seja: Edilene não era um nome aleatório. Contou com o voto dos ministros das duas cortes.
Eram duas as cadeiras vazias no TSE. Lula poderia ter agradado minorias e uma ala do PT em uma das vagas. A outra cadeira já estava carimbada para Floriano Marques Neto, advogado e amigo do presidente do TSE, Alexandre de Moraes.
Além de Edilene Lôbo, concorriam à outra vaga o ministro substituto do TSE André Ramos Tavares, também aliado de Moraes, e Daniela Borges, ligada à ministra Cármen Lúcia. Lula escolheu Ramos Tavares para a segunda vaga, deixando claro que Moraes, além de ser hoje o ministro mais poderoso do Judiciário, tem a total confiança de Lula.
Com os novos ministros escolhidos, o governo agora tem maioria garantida no TSE. Além dos novatos e Moraes, compõem a corte Cármen Lúcia, do STF, e Benedito Gonçalves, do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Portanto, dos sete ministros, cinco são contabilizados como votos alinhados com o governo em votações importantes.
No time oposto, o governo contabiliza os votos dissonantes de Kassio Nunes Marques, do STF, e Raul Araujo, do STJ. Com um placar mais confortável, é mais provável que Moraes paute logo o julgamento das ações que pedem a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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