Carolina Brígido

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Lula estuda indicar Messias para o STF e advogada negra para comandar AGU

O advogado-geral da União, Jorge Messias, tem sido cada dia mais cogitado para assumir a vaga de Rosa Weber no STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo assessores próximos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é pequena a chance de uma mulher substituir a ministra, que tem aposentadoria prevista para outubro.

A eventual nomeação de Messias colocaria Lula em confronto com setores da esquerda que defendem a participação mais efetiva de minorias no primeiro escalão do Executivo e na cúpula do Judiciário. Para amenizar o estrago, o presidente tem cogitado atender aos apelos de aliados para nomear Cláudia Trindade para substituir Messias no comando da AGU.

Procuradora da Fazenda Nacional desde 1983, Claudia fez doutorado em Direito Econômico e Financeiro pela Universidade de São Paulo e se especializou em Direito Privado e Administração Pública. Foi coordenadora da atuação judicial da Fazenda Nacional perante o STF e assessora parlamentar da PGFN (Procuradoria Geral da Fazenda Nacional).

Cláudia é negra e hoje atua como assessora especial de diversidade e inclusão da advocacia-geral da União (AGU). É ligada a setores do PT e tem boa relação com pessoas próximas de Lula - inclusive com Messias.

O atual advogado-geral ficou conhecido como Bessias em 2016, quando foi divulgada a conversa em que a então presidente Dilma Rousseff dizia que o assessor levaria a Lula o termo de posse na chefia a Casa Civil.

Messias era subchefe para Assuntos Jurídicos da Presidência da República. A conversa foi grampeada pela Operação Lava Jato e divulgada em 2016 pelo então juiz Sérgio Moro. A posse de Lula no cargo acabou não se concretizando, porque o ministro Gilmar Mendes a impediu por liminar.

Hoje, o STF conta com duas mulheres em um plenário com 11 integrantes. Cármen Lúcia tende a ser a única presença feminina no local a partir de outubro.

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