Carolina Brígido

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Para ministros do STF, Bolsonaro quis exibir força política e ameaçar corte

Dois ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) consideram que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha dois objetivos com o ato de domingo (25) na Avenida Paulista. O primeiro deles era exibir força política em ano eleitoral. O outro, mostrar que não está sozinho no combate ao que chamou de injustiças cometidas contra ele pela cúpula do Judiciário.

O primeiro objetivo foi cumprido. Ainda que tenha tenha sido considerado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Bolsonaro exibiu no palanque aliados que concorrerão às urnas nas eleições municipais de outubro. As imagens do evento devem ser aproveitadas em campanhas de políticos que contam com o apoio do ex-presidente.

O segundo objetivo, no entanto, não foi atingido, na avaliação de dois ministros consultados pela coluna em caráter reservado. Para eles, o ato não vai influenciar em nada o julgamento de Bolsonaro no STF. A expectativa é que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresente em breve denúncia contra o ex-presidente por participação na tentativa de golpe de 8 de janeiro do ano passado.

O julgamento da denúncia deve ser realizado na Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros. A tendência é que o colegiado concorde com o esperado pedido de Gonet para instauração de uma ação penal contra Bolsonaro. Se isso acontecer, será aberta nova etapa de investigações e, ao final, o Supremo decidirá se condena ou absolve o ex-presidente.

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