Carolina Brígido

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Opinião

STF e PF indicam futuro de Bolsonaro em dia de cerco a organizadores do 8/1

O STF (Supremo Tribunal Federal) e a Polícia Federal sinalizaram hoje que idealizadores e financiadores do 8 de janeiro de 2023 serão tratados com o mesmo rigor imposto aos invasores das sedes dos Três Poderes. Na Corte, foi cravada a condenação de mais 15 acusados de envolvimento nos atos antidemocráticos. A PF, por sua vez, prendeu três empresários suspeitos de financiar a tentativa de golpe.

O relator dos processos no Supremo, Alexandre de Moraes, programou o julgamento de uma leva de ações penais para o início do ano. Até o dia 19 de abril, 146 processos serão julgados. Até agora, somados os julgamentos realizados no ano passado e neste, foram condenados pelos atos 101 réus.

Os condenados hoje foram enquadrados na prática dos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. As penas fixadas variam de 16 anos e meio até 11 anos e meio.

A? penas maiores foram atribuídas a quem participou da invasão aos prédios e as penas menores, a pessoas quem andavam rumo à Praça dos Três Poderes, mas não participaram das invasões. Os condenados também terão que pagar pelos danos cometidos nos prédios públicos.

Ao todo, foram abertas até agora no STF 1.345 ações penais. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, está para despejar no tribunal outra leva de denúncias. A expectativa é que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja um dos acusados.

Com tantos processos, é pouco provável que o caso se encerre no Supremo ainda neste ano. É pouco provável, também, que idealizadores e financiadores dos atos saiam impunes.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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