Ministros que divergiram sobre Bolsonaro no TSE defenderam Robinho no STJ
Os ministros Benedito Gonçalves e Raul Araújo ganharam os holofotes no ano passado, no julgamento das ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Os dois divergiam nas votações. Enquanto Gonçalves, relator das ações, votou na maioria das vezes pela condenação do ex-presidente e ficou na corrente majoritária, Araújo atuou como contraponto e defendeu muitas vezes sozinho os interesses de Bolsonaro.
No julgamento do Robinho, no STJ (Superior Tribunal de Justiça), os dois ficaram no mesmo time. Foram os únicos a votar contra a possibilidade de homologação da sentença proferida contra o ex-jogador pela Justiça italiana.
Araújo foi o primeiro a dizer, em plenário, que brasileiros natos não podem cumprir pena no Brasil por condenação decidida no exterior. Ele foi seguido apenas por Benedito Gonçalves. O julgamento terminou em 9 votos a dois.
O TSE é formado por sete ministros, sendo três do STF (Supremo Tribunal Federal), dois do STJ e dois representantes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Araújo ainda compõe a corte eleitoral. O mandato de Gonçalves já terminou.
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