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Chico Alves

Pesquisador da Fiocruz é denunciado pelo MPF junto com Baldy

Guilherme Franco Netto - Divulgação
Guilherme Franco Netto Imagem: Divulgação

Colunista do UOL

18/08/2020 17h31

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Além do secretário estadual de Transporte de São Paulo, Alexandre Baldy, atualmente licenciado, a Força-Tarefa da Lava Jato no Rio denunciou hoje o pesquisador da Fiocruz Guilherme Franco Netto e mais nove pessoas. A acusação é de suspeita de fraudes em contratos de saúde.

Guilherme é bastante respeitado entre os cientistas e a inclusão de seu nome entre os acusados surpreendeu os colegas, que fizeram um abaixo-assinado com quase 2 mil assinaturas em solidariedade a ele. Lançaram o site "Juntos com Guilherme" e criaram campanha de financiamento coletivo para ajudar a custear a defesa.

O pesquisador chegou a ficar em prisão temporária durante três dias por determinação do juiz Marcelo Bretas. Os acusados foram libertados por decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal,

Guilherme foi denunciado por crime licitatório. Na investigação, a menção a ele é feita por um dos depoentes, sem apresentação de prova de envolvimento. O delator não diz qual licitação realizada pela Fiotec, empresa de tecnologia da Fiocruz, teria sido direcionada.

"Vamos providenciar a resposta escrita e pedir a rejeição da denúncia", diz o advogado André Nascimento, que defende o pesquisador. "A acusação também não diz de que forma o Guilherme teria 'direcionado' a licitação para a empresa Vertude. Ele não era da Fiotec".

O advogado também argumenta que é inverossímil que a contratação da Vertude tenha rendido pagamento de propina para certas pessoas, mas não tenha gerado nenhuma propina para Guilherme, a pessoa, segundo a própria denúncia, que "direcionou a licitação".

O MPF acusa Baldy e os outros dez denunciados por envolvimento com uma organização criminosa que intermediava pagamentos para a Organização Social Pró-Saúde, que geria o Hospital de Urgência da Região Sudoeste, em Goiás, entre 2010 e 2017.