Observadora na Bolívia, Gleisi diz que militares prometem respeitar votação
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Integrante do grupo de observadores internacionais que foi à Bolívia para acompanhar a eleição presidencial, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) diz que o ambiente no país continua bastante tranquilo, um dia após a votação. Segundo levantamento de boca de urna, Luis Arce, candidato apoiado por Evo Morales, conseguiu mais de 52% dos votos.
"Tudo continua dentro da institucionalidade, nenhuma atuação ou fala questionando o resultado da eleição", relata à coluna a deputada, que é presidente do PT.
A parlamentar brasileira diz que até agora as Forças Armadas não se manifestaram. "No sábado disseram que respeitariam qualquer resultado", conta.
Em novembro do ano passado, o comandante das Forças Armadas da Bolívia, general Williams Kaliman, declarou que o presidente Evo Morales deveria deixar o cargo para solucionar a crise política iniciada nas eleições presidenciais do mês anterior.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) denunciou irregularidades no processo eleitoral, o que deu início às turbulências. Análise posterior demonstrou que o relatório da OEA estava incorreto.
Gleisi disse que a admissão da derrota ainda na noite de domingo, por parte da presidente interina Jeanine Añez, foi resultado da grande diferença de votos. "Fizeram isso porque não estavam preparados para uma derrota deste tamanho", acredita a petista. "Ela não teve outra escolha senão reconhecer, não tinha como criar um caso".
Ela se encontra com a equipe de Arce amanhã para acompanhar a discussão dos primeiros planos de ação e das perspectivas quanto à oposição. "Embora tudo tenha corrido dentro da normalidade, eles terão aqui uma oposição bastante contundente e sistemática, com certeza", acredita.
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