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Chico Alves

REPORTAGEM

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Gleisi após reunião com Kalil: "Importante na contraposição a Bolsonaro"

Gleisi Hoffmann e Alexandre Kalil - Divulgação
Gleisi Hoffmann e Alexandre Kalil Imagem: Divulgação

Colunista do UOL

27/02/2021 04h00

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Junto com o ex-ministro Fernando Haddad e o ex-governador Fernando Pimentel, a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada Gleisi Hoffmann (PR), foi uma das participantes da reunião realizada na quinta-feira com o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). Dentro e fora do partido, cresceu a óbvia especulação: aliança à vista para 2022?

Gleisi diz que é cedo para tratar do assunto. "O que temos de concreto para fazer agora é tentar reunir essas pessoas que estão de algum modo se contrapondo à política do governo federal", explica ela.

Para a presidente do PT, uma possível aliança eleitoral é via de mão dupla, teria que ser avaliada positivamente pelos dois lados e ainda é cedo para definições. "Não sabemos a conjuntura de 2022", analisa.

Os pontos principais de convergência entre a ideologia petista e o mandato de Kalil, segundo Gleisi, é que na administração de Belo Horizonte ele tem foco social, prioriza a educação, a saúde e a renda. "Kalil é importante na contraposição a Bolsonaro, que está desmontando a área social, retirando direitos", afirma.

Nos meios políticos, a especulação é de que o PT pretende apoiar uma possível candidatura de Kalil ao governo mineiro em 2022, em troca do apoio ao presidenciável do partido. Em pesquisa realizada pelo Instituto Paraná, divulgada na quinta-feira, o prefeito da capital mineira aparece com 74,5% de aprovação da população.

As divergências são principalmente no modelo econômico. Um exemplo é a posição de Kalil quanto à autonomia do Banco Central - o prefeito é favorável e o PT é contrário.

"Obviamento temos divergências na questão econômica", admite Gleisi. "Mas quando fazemos aliança política, e não eleitoral, isso se dá em cima de pontos que são convergentes".

A visita ao prefeito de Belo Horizonte é o primeiro dos encontros que serão feitos a partir da orientação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o partido "bote o bloco na rua", ou seja, comece a negociar parcerias para enfrentar o bolsonarismo.

O Rio de Janeiro será o próximo estado que receberá os caciques do PT para reuniões políticas.