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Grupos anti-Bolsonaro insistem em fazer manifestação na Paulista no dia 7
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Apesar de o governo de São Paulo ter definido que a Avenida Paulista será ocupada somente por grupos bolsonaristas no dia 7 de setembro, militantes dos movimentos Fora, Bolsonaro e Grito dos Excluídos mantiveram manifestação para a mesma data e local. Segundo Raimundo Bonfim, coordenador nacional Central de Movimentos Populares (CMP), há uma representação no Ministério Público e um pedido de reunião com o governo estadual para mostrar que foi ignorada decisão judicial que estabelece regras para a realização de atos na avenida. A coluna perguntou a Bonfim onde será realizada a manifestação contra Bolsonaro no dia 7 e ele respondeu imediatamente: "Na Paulista".
De acordo com o coordenador da CMP, o governo fez interpretação equivocada da decisão judicial que determina, em caso de duplicidade, a alternância de datas para cada grupo político. "O 11º Batalhão da Polícia Militar argumenta que no dia 24 de julho, quando realizamos nossa última grande manifestação, um sujeito que não se sabe o nome teria comunicado que faria um ato na Paulista no dia 7", explica Bonfim. "Esse cara sumiu e a PM está interpretando que houve duplicidade. Não é possível uma pessoa só causar duplicidade em relação à demanda feita por centenas de entidades".
O governo estadual anunciou que os movimentos anti-Bolsonaro poderão realizar atos no dia 12 de setembro. Bonfim, no entanto, não entende a referência a essa data. "A gente não tem nada a ver com o dia 12, isso não está em questão", reclama ele. "Nós estamos achando muito estranho o governo falar no dia 12. O governador quer reatar com MBL, com o Vem Pra Rua (organizadores do ato previsto para essa data)?".
O coordenador da CMP conta que o homem que pediu para ocupar a Avenida Paulista no dia 7 é de uma Organização Mundial pela Paz e alegou que o ato seria de cunho religioso. "Aí o comandante do batalhão falou que o cara se declarou a favor do Bolsonaro", argumenta. "A Polícia Militar agora é que define quem é de oposição e quem não é? Está complicado...".
O Grito dos Excluídos é iniciativa da Igreja Católica que acontece desde 1995 em vários estados e há 12 anos é realizado em São Paulo na Avenida Paulista.
A Central de Movimentos Populares enviou ao procurador-geral de Justiça de São Paulo representação para "garantir o direito de reunião e manifestação dos autores".
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