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Apelo de Bolsonaro a Biden contra Lula é caso de impeachment, diz Randolfe
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A informação veiculada pela agência de notícias americana Bloomberg de que no encontro recente o presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu a seu colega americano Joe Biden para agir contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição brasileira motivou reação dos aliados do petista. "Seja na legislação norte-americana ou na legislação brasileira, ele devia ser afastado do cargo imediatamente e responder por traição à pátria", criticou à coluna o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
O senador diz que isso só não acontecerá porque Bolsonaro é aliado de outros dois "traidores da nação", Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, e Augusto Aras, procurador-geral da República. Ele garante, porém, que fará o que deve ser feito. "Darei entrada em notícia-crime sobre isso, pedindo investigação ao Supremo Tribunal Federal (STF), e ao mesmo tempo cabe mais um pedido de impeachment", adianta Randolfe.
O senador amapaense avalia que nesse caso fica patente que temos algo além de um traidor e vendilhão da pátria. "É um personagem que não é digno de ocupar o cargo que ocupa, nem de falar em nenhum lugar em nome do Brasil", protesta.
A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), diz que é humilhante para o Brasil ter um presidente assim. "Despreza a soberania popular. O que está negociando o vadio Bolsonaro em troca desse apoio?", questiona ela. "É a síndrome de vira-lata elevada à enésima potência, uma vergonha ter um presidente que suplica aos americanos por um golpe".
Outro aliado de Lula, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) diz que essa iniciativa de Bolsonaro é sinal de desespero. "É algo nunca visto, esse instinto golpista", diz Renan.
De acordo com a notícia da Bloomberg, Bolsonaro pediu ajuda ao presidente americano "em sua candidatura à reeleição durante uma reunião privada à margem de uma cúpula regional", descrevendo Lula como "um perigo para os interesses dos Estados Unidos". Segundo pessoas que assistiram à reunião, Biden mudou de assunto.
Procurados pela agência de notícias americana, nem o governo brasileiro e nem o americano comentaram a informação.
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