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Campanha pela liberdade de Anderson Torres não decola nas redes
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Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro começaram há alguns dias uma campanha nas redes sociais para pedir a liberdade do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Ele está preso desde o dia 14 de janeiro por causa da tentativa de conturbar o processo eleitoral e de participar da articulação de um golpe contra o governo Lula. A campanha em favor de Torres, no entanto, não teve o alcance esperado pelos bolsonaristas, segundo avalia o analista de redes Pedro Barciela.
"Registrei 15.4 mil menções ao termo '#LibertemAndersonTorres' no Twitter, ao longo dos últimos sete dias", explicou Barciela à coluna. "Como comparação, no mesmo período o termo CPMI gerou 894 mil menções".
Além de um número pequeno de menções para uma campanha desse tipo, a maior parte das imagens associadas à hashtag era de montagens padronizadas, nada de postagens orgânicas - ou seja, não havia conteúdos que aparentassem ter sido feitos espontaneamente, o que mostra pouco engajamento.
Até mesmo simples menções ao termo "Anderson Torres" superaram aquelas associadas à pretensa campanha: foram 219 mil nos últimos sete dias.
Um pedido para libertação de Torres, feito pela Procuradoria-Geral da República, foi negado na semana passada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Segundo pessoas próximas a ele, isso agravou o estado depressivo do ex-ministro, que emagreceu 10 quilos e não está respondendo bem ao tratamento ministrado por um psiquiatra.
Esses problemas de saúde provocaram o adiamento do depoimento que Torres deveria ter prestado ontem à Polícia Federal.
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