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Chico Alves

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Pesquisa Quaest mostra que economia é o amuleto que garante 'sorte' de Lula

Presidente Lula em transmissão ao vivo nas redes sociais - Ricardo Stuckert/PR
Presidente Lula em transmissão ao vivo nas redes sociais Imagem: Ricardo Stuckert/PR

Colunista do UOL

21/06/2023 15h24

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Para aqueles que acreditam em sorte e azar, um dos meios de garantir que o destino seja favorável é o uso de amuletos. Há quem prefira o pé de coelho, outros usam trevo de quatro folhas e a ferradura também é um item para atrair bons presságios. No Brasil de hoje, parte da imprensa e dos políticos aponta para o principal sortudo da nação: seria Lula, o presidente que - acreditam alguns - nasceu virado para a lua.

Tudo porque o governo atual tem conseguido resultados muito positivos na economia, que surpreendem até mesmo alguns que eram tachados de otimistas. Mesmo sem consolidar a base de apoio na Câmara e com alguma confusão entre seus próprios ministros, Lula conseguiu blindar o responsável pela pasta da Fazenda, Fernando Haddad, cujos feitos vão muito além de fazer o dólar cair e a Bolsa subir.

Haddad se mostrou um interlocutor sereno com os representantes do mercado, mantém relação tranquila até mesmo com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que é muito atacado por Lula, e foi rápido na confecção do arcabouço fiscal, que está prestes a ser aprovado no Congresso. É a antítese de Paulo Guedes, que vivia em estado de conflito constante.

À calmaria e à previsibilidade na Fazenda, some-se várias iniciativas do governo que turbinaram o Bolsa Família, fizeram baixar o preço dos combustíveis e o preço dos carros populares, e aí está o principal motivo que fez a aprovação do governo Lula subir de 51% para 56% na pesquisa Genial/Quaest, de abril para cá.

Todo esse trabalho de Lula em favor da sua sorte fez com que até mesmo os eleitores de Bolsonaro aumentassem as expectativas positivas em relação à economia. Entre os que votaram no ex-presidente, esse otimismo subiu de 25% para 31%.

O antipetismo, o lavajatismo envergonhado (que, no fim, são a mesma coisa) e também o bolsonarismo são as bases para negar ao governo o mérito da boa condução da economia, transferindo-o exclusivamente para o cenário internacional e para fatores aleatórios.

Para Lula esse reconhecimento não fará falta, desde que os indicadores das pesquisas continuem a mostrar melhora na aprovação dos brasileiros quanto a sua gestão.

Com ou sem amuletos.