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Chico Alves

REPORTAGEM

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GDias diz na CPI que não fraudou relatório da Abin, mas fez 'acerto'

Colunista do UOL

22/06/2023 12h11

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Ao depor na manhã de hoje na CPI dos Atos Antidemocráticos, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), o general Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), conhecido como GDias, negou que tivesse fraudado um relatório da Abin sobre alertas disparados a autoridades antes da invasão de 8 de janeiro. Admitiu, porém, ter adulterado o documento já que, segundo diz, continha uma informação falsa.

O relatório informava que GDias atuou para difundir as mensagens, o que ele nega. "Então, o documento não condizia com a verdade. Esse era um documento. O documento foi acertado e enviado para a CCAI (Comissão de Atividades de Controle de Inteligência)", completou.

Em matéria publicada em abril, a Folha de S. Paulo revelou que o relatório da Abin enviado ao então ministro do GSI teve o conteúdo modificado por ele.

O general justificou a mudança. "Sempre falei no GSI que todo documento que passasse por lá deveria ser a expressão da verdade", disse.

Na CPI da Câmara Distrital do DF, Gonçalves Dias explicou que as informações entre os vários órgãos que planejaram a segurança dos prédios sede dos poderes da República deveriam ser encaminhadas pela ferramenta Correio Sisbin, que os integrantes do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) costumam usar. Mas, segundo ele, isso não foi feito.

"A comunicação vinha sendo feita por alertas de WhatsApp", explicou.

GDias disse que não participava desse grupo e que na primeira semana de governo ainda utilizava o seu aparelho celular e aplicativo de mensagem pessoais.